Dia desses eu publiquei uma entrevista com o mosquito Aedes do Egito (proveniente de lá onde rolaram as terríveis pragas). Bastante esclarecedora, a conversa com o poderoso ex-mosquito da dengue (agora agregou mais doenças ao nome e à sua altíssima periculosidade) levantou questões que mais parecem feridas cálidas abertas por uma bomba atômica de Hiroshima.
Um exemplo dessas feridas é a falta de cuidado que o brasileiro tem na prevenção de doenças, na falta de higiene exacerbada, na malemolência que tende mais a reagir do que proagir. Resumindo: ô descaso desgraçado! O cara prefere pagar uma grana altíssima comprando repelentes, venenos, terços e ave-marias a ter que simplesmente evitar a proliferação de criadouros do mosquito. É mais fácil criar cotas que criar condições favoráveis de ensino. É mais fácil dar dinheiro sob a máscara de bolsas salvadoras que gerar emprego, fazendo com que haja distribuição de renda e, assim, redução das desigualdades sociais.
E o pior é que a nossa terrível história de ‘jeitinhos’ e traçados distintamente falcatruosos só aponta para uma direção: “Tiririca, pior do que está fica”. Fazendo uma paródia do célere slogan da campanha do nosso querido palhaço parlamentar, o futuro sempre foi (e será) pior que o passado. Nem Schopenhauer poderia apontar um pessimismo tão involucrável!
Mas parece que uma luz no fim do túnel se abrasa e incandesce: estamos nos tornando um país exportador! Exatamente, meus queridos, o Brasil agora terá um produto que tomará conta das américas: o Zika vírus e sua terrível relação com a microcefalia. Finalmente, seremos um país exportador, que atingirá uma massa enorme de pessoas.
– Putz, isso dá um orgulho do C*%&#@#!
Mas essa história de microcefalia não é novidade. Por quantas e quantas vezes eventos no país aconteceram por ações medíocres e microcéfalas?
– Vixeeeeee, bote evento nisso!
A economia e a política são grandes baús de histórias e causos antigos onde se sobressaem o grotesco, o ridículo, o insensato, o corrupto, o desleixado…ufa… tudo de ruim que se pode produzir em uma sociedade. Mas isso não se dá somente na esfera dos mandatários que se revezam no poder desde o tempo da microcéfala descoberta (invasão seria o termo mais adequado) tupiniquim. A ditadura da fuleiragem se dá em todos os níveis: populares, cultos, indoutos, retrógrados, progressistas.
Mário de Andrade foi rechaçado porque escreveu Macunaíma, relacionando esta personagem ao caráter ético dos habitantes desta terra. E olhe que o que se sobressai mais no anti-herói é a presença da preguiça. Imagine se houvesse petrolão naquela época! E, como um bom brasileiro que foi, negou tal caráter, argumentando que a crítica da obra era ao caráter étnico.
– Arregou!
Evidentemente que, nesta árvore imensa cujos galhos produzem frutos altamente diferenciados, há muitos deles que já não nascem putrefatos. Há muita coisa boa, muita madeira aproveitável, muitos ninhos feitos com segurança e retidão. Mas, infelizmente, não é a maioria.
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