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Minha terra é Sergipe

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Juliano César (*)

Recentemente – no dia 8 de janeiro deste ano – tive a oportunidade de, humildemente, expor minhas reflexões sobre os desafios do Brasil e as eleições “gerais” que se aproximam, no site JLPolítica.

Nosso também amigo e competente jornalista Antônio Carlos Garcia, editor do influente site Só Sergipe, me fez uma “provocação” acerca do cenário sergipano, mais especificamente.

Parei, refleti, vi que tinha muito sentido, e entendi que uma boa tarefa começa em nossa casa.   Assim, entendo que diverso da situação nacional, onde pairam muito mais extremismos, medo, fatalismo entre o certo e o errado,  direita e esquerda, aqui em Sergipe temos um instrumento que pode nos unir enquanto sociedade e uma visão técnica, clara e propositiva de nossos desafios, caminhos para  a próxima década.

Estamos falando do “Plano de Desenvolvimento de Sergipe 2021 – 2030 (PDS),  brilhante iniciativa da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na gestão do deputado Luciano Bispo, que capitaneada pela fundação Dom Cabral, reuniu importantes  representantes da sociedade e do governo, e conseguiu – em tempo recorde – elaborar um documento consistente que indica nossas oportunidades. Sugere caminhos e propõe ações estruturantes tendo como pilar uma “agenda de desenvolvimento”, ação de estado não vinculada a um mandato ou gestão, com a participação da sociedade e academia, com o intuito de mudar a forma de pensar, propor e acompanhar os planos estratégicos, nos quais o governo administra com a sociedade.  Daí, enfatizo a iniciativa da Alese em dar esse primeiro e importante passo com o PDS, e como “Casa do Povo”, estruturar e liderar essa agenda de desenvolvimento.

Vista aérea do TMIB

Numa análise própria e superficial dos caminhos, em determinadas áreas,  propostos pelo PDS posso destacar:

  •  área de influência de Sergipe: expandir, atraindo e tornando-se polo de referência do Nordeste – da Bahia até Petrolina;
  • cadeia petróleo e gás: requerer um plano técnico construído com os parceiros estratégicos de como, além dos royalties, utilizar esses recursos energéticos para  transformar nossa economia;
  • turismo: concluir a interligação litoral até Alagoas, resolver as contingências ambientais, mapear oportunidades e captar investidores âncoras;
  • agronegócio: incentivar a cadeia com industrialização e criação do valor produção;
  • logística: tornar básico corredor oeste- leste com duplicação BR-235  e sul- norte com conclusão da duplicação BR-101, além de incluir Sergipe nos novos projetos de modais ferroviário e cabotagem;
  • digitalização: virar a página do modelo tradicional de ensino e através do ensino tempo integral, digital e profissionalizante ser referência nos índices no Nordeste;
  • tamanho do Estado: medir qual o retorno para  a sociedade da estrutura estatal existente X privatização de suas empresas públicas e implantar a gestão por resultados nas atividades meio;
  • Sergipe 2050: concluir urgentemente, e dialogar com a sociedade para que tenhamos um norte, e iniciemos a construção do futuro para as novas gerações.
Belivaldo Chagas “honra o slogan de campanha”

E agora, tudo resolvido, então?   Em parte sim,  pois temos um projeto que  nos une e guia, além de termos tido a felicidade de que nos anos em curso, 2019 a 2022, o estado teve em seu comando o governador Belivaldo Chagas, que reconhecidamente honra seu slogan de campanha: “chegou para resolver” e colocou – mesmo em meio  a uma pandemia longa, profunda e grave – o Estado numa situação financeira e de gestão equilibrada. Realiza um pacote de obras e ações que  “viraram o jogo” e prenuncia um crescimento recorde no PIB  de 4% para 2022, revertendo a tendência de queda de anos recentes.

Mas,  isso é suficiente?

Na minha opinião, é base sólida para que os atuais postulantes à condição de pré-candidatos ao Governo de Sergipe nas eleições de 2022 se aprofundem no PDS e outras fontes, e construam com suas assessorias e dialoguem com os segmentos da sociedade, quais são suas propostas concretas, visões, ideias para com o estado em suas diversas fontes.  o PDS oferece indicativos importantes, acima citados, mas estes precisam de formatação em um efetivo plano de ação.

Temos, em nosso estado, um sentimento de uma “saudade feliz” dos idos dos ex-governadores Augusto Franco e João Alves, homens com visão de longo prazo, que executaram um conjunto de políticas, obras e estruturas pesando no futuro, e para tal temos o PDS como base teórica.

Assim, reitero que é o momento de tomarmos as rédeas e que cuidemos das próximas gerações com escolhas racionais em 2022, também no âmbito estadual, com um debate claro de ideias, propostas, projetos  e busquemos influenciar na escolha de candidatos que possam ter uma visão à frente para os destinos nosso querido Sergipe.

Este texto reflete a opinião pessoal de Juliano Cesar Faria Souto, e não das entidades das quais participa.

(*) Juliano Cesar Faria Souto é estanciano,  58  anos,  administrador de empresas graduado de Faculdade  de Administração de  Brasília com MBA em gestão empresarial pela FGV.   Atua como sócio Administrador da empresa Fasouto  no setor atacadista distribuidor e auto serviço.   Líder empresarial exercendo, atualmente, o cargo de vice-presidente da ABAD –  Associação  Brasileira  de Atacado e Distribuidores ,  diretor da FecomércioSE.

 

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