Hernan Centurion (*)
A paternidade sempre me fora um misterioso sonho envolto num turbilhão de perguntas, todavia parcas respostas. Nessas horas de dúvidas e reflexões, olhamos ao redor à procura de quem admiramos e reconhecemos como referências, nossos próprios genitores, tentando agir pautados pelos seus exemplos e sermos, então, como dissera o poeta: “como nossos pais”.
Fui afortunado por ter crescido rodeado por uma gama de princípios nos quais os estudos, a religião e a família eram protagonistas. Depois de muitos esforços e dedicação, completei minha formação acadêmica e disse o tão esperado sim àquela que viria a ser minha companheira, fonte de ternura e futura mãe dos meus filhos. Alguns anos se passaram para, enfim, nascer meu primogênito, um ser de luz, repleto de atenção, ou melhor, paparicação, tão peculiar ao filho mais velho de pais inexperientes, porque não dizer “marinheiros de primeira viagem”.
Desde então, a vida mudou exponencialmente, pois vim a ter a grata oportunidade de criar uma nova vida, de ensinar a um ser fisicamente até parecido comigo, porém ao mesmo tempo extremamente diferente de mim, um novo homem portador de vontades próprias e com personalidade única. Não bastasse a felicidade que me arrebatava em ouvir suas primeiras palavras, ajudar nos mais incipientes passos, interagir buscando equilibrar a beleza e a força da emblemática figura paterna, apesar de inserido numa sociedade ainda machista e um tanto paternalista, recebi, pois, a surpreendente e estonteante notícia da breve chegada do caçula, um filho daqueles que faz jus aos encantos da “cria” mais nova.
Fui mais uma vez agraciado com um lindo garoto, extremamente carinhoso, um tanto valente, artisticamente criativo, brincalhão e amigueiro, em suma, um tsunami de paixões. De nome que soa forte, Osório completou-me inteiramente, sem deixar a mínima lacuna exposta. Indubitavelmente representa a outra metade da minh’alma, da minha vida, do meu coração que, juntamente com seu irmão, fizeram-me perceber o verdadeiro amor, que perdoa, tolera, afaga, alegra, transforma, transborda, não se explica, apenas se sente, como uma brisa suave da primavera ao massagear o rosto suado em pleno crepúsculo à beira-mar, com os olhos serrados, ouvindo a calma sinfonia das ondas do mar, do balançar das palhas de coqueiros na praia e do próprio vento a soprar, voltado ao meu eu interior, refletindo sobre aqueles velhos sonhos e atitudes pelos caminhos da vida, tentando desvendar meu propósito aqui nesse mundo. Encontro muita paz, plena satisfação e profunda gratidão pelos presentes divinos que ainda custo acreditar se realmente sou merecedor de tantas bênçãos.
Pois assim tenho vivido, nas simplicidades das coisas materiais, preenchido pelas minhas metades que se complementam há 9 anos, o todo que supera meu vazio existencial, proporcionando momentos um tanto desafiadores, não obstante ricos em aprendizado, edificantes na evolução espiritual e essenciais no desbaste da pedra bruta interior, pois quando se prova da paternidade, nunca mais se é o mesmo de outrora. Inexoravelmente muito melhor.
Parabéns Osorinho pelo seu 9º aniversário.
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