O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chega hoje, por volta das 14h30, a Sergipe, e, junto com o governador Belivaldo Chagas sobrevoará as praias atingidas pelas manchas de óleo. São mais de 40 quilômetros de praias poluídas. No sábado, o governo de Sergipe criou um gabinete de crise.
Na reunião do sábado, ficou definido que o governo decretará situação de emergência na faixa litorânea dos municípios atingidos pelo derramamento de óleo em ambiente marinho. Através de material publicitário, distribuído nas redes sociais, o governo orienta as pessoas quando encontrarem o óleo.
As manchas começaram a aparecer em Sergipe no dia 24 de setembro e hoje, o Estado é um dos mais atingidos da região Nordeste. De acordo com o Ibama, já afetou mais de 128 localidades de 61 municípios. Investigações preliminares da Petrobras apontam que as manchas de óleo são compostas por petróleo cru e não há indícios de que a substância seja de navios ou plataformas brasileiras.
Quando as manchas apareceram, a Administração Estadual do Meio Ambiente, Adema, juntamente com outros órgãos ambientais parceiros, atuam na limpeza da areia e na coleta de amostras de água para testar a balneabilidade, além do envio de amostras para o laboratório da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, que faz análises diárias das coletas dos locais afetados pelo óleo.
Hoje, os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e do Meio Ambiente devem apresentar dados e providências que serão adotados em relação às manchas de óleo que atingiram o litoral nordestino, do Maranhão à Bahia. A determinação está em um despacho do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União no sábado. No documento, o presidente pede reforço na investigação sobre as causas e responsabilidades do vazamento.
Entre os órgãos envolvidos nas investigações estão Polícia Federal, Comando da Marinha, Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e Icmbio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.