O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em sua conta no Twitter, que “desde o dia 2 de setembro, já foram recolhidas mais de 100 toneladas de borras de petróleo das praias”. Essa afirmação foi logo depois de deixar Aracaju, onde havia dito, inicialmente, que foram recolhidos 58 toneladas de óleo. Ele afirmou que ainda não se sabe a origem do óleo que vem poluindo todo litoral nordestino. Na companhia do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, Salles sobrevoou uma área afetada, desceu na praia do Viral, conversou com as pessoas que estavam trabalhando e recolheu amostras de óleo.
No Twitter, ele fez a seguinte afirmação: “em Sergipe, vistoriando o local de óleo nas praias. Desde 2 de setembro, as equipes do Ibama e ICMBio, junto aos 42 municípios, Marinha e demais órgãos no recolhimento de mais de 100 toneladas de borra de petróleo”.
“Ainda não sabemos com precisão o alcance deste acidente. As manchas têm aparecido em picos de volume de óleo. Nossa preocupação é verificar a origem deste óleo. O Ibama fez uma varredura de todo o litoral com uma aeronave com sensores horizontais, câmera ótica de grande resolução, mas não tem sido possível fazer a detecção, porque este é um óleo mais pesado que vem por baixo do nível do mar e só percebido quando toca a costa. Temos que agir com rapidez para retirada do que está na areia”, disse Ricardo Salles, ressaltando que enviará equipes e equipamentos adicionais para intensificar o recolhimento do material.
O Ministério do Meio Ambiente ainda não tem um levantamento dos danos causados à fauna e à flora marítima, com mortes de peixes e crustáceos em todo o litoral nordestino.
Alertado pelo governador Belivaldo Chagas sobre a possibilidade do óleo chegar ao Rio São Francisco, responsável por 60% do abastecimento de água para Sergipe, Ricardo Salles, ressaltou que é necessário fazer a contenção das borras de óleo o quanto antes para evitar a contaminação. “O governador nos comunicou isso assim que cheguei. Estamos em total alinhamento com o governo de Sergipe, agindo rapidamente para evitarmos esse prejuízo”, destacou.
O ministro disse que, até agora, equipes do Ibama já fizeram 65 horas de voo em helicóptero para visualização das manchas, enquanto que no avião dotado de radar e outros equipamentos sofisticados já foram mais 108 voos. “A aeronave vem fazendo varredura de todo o litoral, do Maranhão a Sergipe. Parte do óleo mais pesado vem por baixo do nível do mar e está tocando a costa, depois a própria maré a leva de volta para o mar. Por isso, é importante haver rapidez na retirada destas manchas de óleo”, reforçou o ministro.
No último sábado, o governador de Sergipe decretou situação de emergência, que hoje foi publicado no Diário Oficial. As áreas atingidas pelo decreto são Brejo Grande, Pacatuba, Pirambu, Barra dos Coqueiros, Aracaju, Itaporanga D’Ajuda e Estância.