Depois de oito dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Primavera, a vocalista da Banda Calcinha Preta, Paulinha Abelha, 43 anos, morreu hoje às 19h26. A nota comunicando o falecimento feita pelo hospital informou que “nas últimas 24 horas a paciente apresentou importante agravamento das lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética e associada a coma profundo”.
A nota diz, ainda: “foi iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementares específicos”. O que provocou a doença na cantora continua sendo uma incógnita. Ontem, durante entrevista coletiva, os médicos que assistiam a cantora ainda não sabiam como a doença começou. E disseram que o maior desafio era mantê-la viva.
Ao longo da internação, o quadro neurológico, renal e hepático da cantora foi piorando. Ontem, por exemplo, os médicos disseram que a vocalista estava em coma profundo. “Uma pessoa saudável tem a escala Glasgow no número 15, a dela está em três”, disseram. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) foi criada em 1974, na Universidade de Glasgow na Escócia, e até hoje representa uma das ferramentas de monitorização neurológica mais utilizadas no mundo.
Os problemas de saúde de Paulinha começaram no dia 11 de fevereiro, quando foi internada no Hospital Unimed, após uma turnê em São Paulo. Depois foi transferida para o Hospital Primavera, onde permaneceu até a morte.
Calcinha Preta
Paulinha Abelha, cujo nome verdadeiro era Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, nasceu no município de Simão Dias. Ela começou a carreira como cantora profissional na Banda Panela de Barro, fazendo dupla com Daniel Diau. Em seguida foram juntos para o Calcinha Preta, quando ocorreu idas e vindas da cantora.
Com a Calcinha Preta, ela gravou 21 CDs e três DVDs. Entre os maiores sucessos cantados por Paulinha estão “Furunfa”, “Baby dool”, “Paulinha”, que foi uma homenagem a ela, e “Ainda te amo”.