Depois de mais de 12 horas – da meia-noite às 13h30 de hoje, 12 – de paralisação, que deixou milhares de pessoas de alguns bairros de Aracaju e São Cristóvão sem transporte coletivo, os motoristas da Tropical e Progresso conseguiram um acordo para o pagamento dos salários em atraso. Eles pararam porque não receberam os vencimentos de julho, a quinzena, além dos tíquetes alimentação e disseram que só voltariam ao trabalho caso o dinheiro fosse creditado na conta-corrente deles.
Mas para que os servidores tivessem os seus direitos garantidos foi necessário parar as atividades. Na madrugada, eles se aglomeraram na garagem e lá ficaram. Quando amanheceu o dia, com eles na porta da empresa e 180 carros na garagem, a avenida Marechal Rondon, ficou totalmente engarrafada. O trânsito naquela área se transformou num caos.
Nos terminais de integração, o tumulto, pois os usuários foram surpreendidos com a paralisação e tiveram dificuldades de chegar ao trabalho. Quem aproveitou o problema para faturar foi mototaxistas e taxistas clandestinos. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) autorizou que 41 ônibus de outras empresas suprissem a deficiência provocada pela greve. Os táxis lotação também foram autorizados a atuar na Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, afetados com a paralisação. Moradores da Atalaia e toda Zona de Expansão também sofreram.
A direção das empresas Progresso e Tropical não falou com a imprensa. Ainda pela manhã, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) divulgou uma nota informando que tomou as medidas necessárias para suprir as linhas afetadas pela greve dos rodoviários e lamentou a paralisação.