Desde as 3 horas da manhã de hoje, cerca de 900 trabalhadores da Viação Progresso e outras duas empresas paralisaram as atividades para reivindicar o pagamento dos salários e benefícios como o ticket alimentação, que estão em atraso. A categoria está concentrada na avenida Marechal Rondon, em frente à empresa. Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estão no local para orientar o tráfego no local.
Com a paralisação, 146 ônibus não estão circulando afetando 43 linhas, sendo que a mais prejudicada é da Zona de Expansão. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informou que na Progresso funciona um grupo de três empresas, todas com dificuldades de pagar os salários dos trabalhadores.
Para a Setransp, “infelizmente essa situação tem sido frequente. Em setembro o mesmo ocorreu com outra empresa operadora, contudo essa realidade de colapso é comum em todo setor do transporte público coletivo de Aracaju e da Região Metropolitana. Embora seja um serviço essencial e direito social o transporte que já vinha enfrentado dificuldades ao longo dos anos, está sofrendo diretamente os efeitos negativos econômicos da pandemia, acumulo débitos com fornecedores, com impedimentos para pagar folha salarial, e sem nenhum aporte financeiro dos governos, nem qualquer subsidio ou isenção de tributos”.
Ainda de acordo com o sindicato dos empresários, “no ápice da pandemia a queda do número de passageiros chegou a registrar 70% e atualmente, mesmo com toda sua frota à disposição, o transporte continua com uma queda de 47% da sua demanda de passageiros habitual”.
“Neste momento, as empresas cujos trabalhadores paralisam buscam soluções internas para atender seus funcionários. As demais quatro empresas prestadoras do transporte seguem em operação tentando atender os passageiros das regiões afetadas com a paralisação. Mas ainda não há previsão de retomada da circulação regular”
Essa situação tem gerado grande preocupação para o Setransp que tem acompanhado as empresas prestadoras dando sinais de entrar em colapso e encerrar suas atividades, assim como aconteceu em mais de 160 empresas do transporte pelo país, e tem buscado auxílio dos governos para esse momento, principalmente com a isenção de impostos e taxas, com o subsídio para as gratuidades, que representam um número de mais de 15 milhões de passagens gratuitas somente nos últimos cinco anos.
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