É extremamente preocupante que, em pleno século 21, mesmo após a famigerada pandemia que nos trouxe sequelas físicas, emocionais e econômicas, tenhamos dados alarmantes sobre o racismo estrutural ainda muito prevalente no Brasil e seu mais temido desfecho – a violência. O recém-divulgado 16º Anuário de Segurança Pública nos revela que 78% das mortes violentas tiveram negros como vítimas.
Esse é o fundo do poço se formos elencar também a falta de acesso ao ensino superior, de postos de trabalho dignos, de remuneração justa ou corriqueiras chacotas e humilhações como ocorreram recentemente com o piloto de Fórmula 1, Sir Lewis Hamilton, durante a lamentável entrevista do ex-piloto Nelson Piquet, sabidamente defensor do status político brasileiro atualmente vigente, o qual dificulta o avanço em busca da sonhada inclusão. Não é em vão que dezenas de países, tanto da América como da Europa, têm dado uma resposta à essa política extremista e totalitária que segrega e aniquila as minorias.
Nossa história descreve inúmeros movimentos político-sociais, em destaque para a Maçonaria que, muito antes da Lei Áurea de 1888, já lutava na defesa dos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade em todo o mundo. Vejamos…
Liberdade de poder ser aquilo que se deseja, que o faz feliz, mantendo-se sempre os princípios basilares da moral e bons costumes, mesmo que haja divergências de gênero, dogmas, crenças, ideais políticos ou religiosos, classe social. Ou seja, é justamente no seio da diferença que ampliamos nossos conhecimentos, descobrimos outros caminhos que desembocam num mesmo lugar comum, como também aumentamos nosso discernimento, almejando a tão sublime Sabedoria, devidamente narrada por Salomão, no livro de Reis e nas parábolas do Cristo.
Igualdade de direitos e deveres, trabalhando a justiça com a força das leis dos homens e, sobretudo, de Deus, uma vez que somos todos oriundos do pó e ao mesmo pó retornaremos, não importa o quanto temos em tesouros ou poder, mas sim, o que somos como gente, feitos de matéria viva, à semelhança do Divino.
Fraternidade para convivermos entre irmãos, bem como recitou o salmista: “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união / É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce sobre a gola de suas vestes / Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os Montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.” (Salmo133). Perdoando e sendo perdoado, sofrendo o sofrimento alheio e sorrindo com a felicidade doutrem, servindo sem olhar a quem, despretensiosamente, despido da túnica da vaidade, vivendo em plenitude, com as bênçãos dos céus.
Que a temática contra o preconceito e em prol dos Direitos Humanos seja fonte de reflexão incansavelmente constante, do mais simples homem, ao mais graduado, combatendo-se, irrestritamente, qualquer forma de segregação, intolerância ou violência, respeitando o próximo como reciprocamente desejamos para nós mesmos! Assim como o dulçor da uva se encontra na polpa e, na casca, o amargor; a beleza da essência do espírito seja preponderante e perene, ante a aparência efêmera do corpo matéria!
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(*) Hernan Augusto Centurion Sobral é médico cirurgião e coloproctologista. Mestre maçom da Loja Maçônica Clodomir Silva 1477, exercendo atualmente o cargo de orador.
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