Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
Convidado pela jornalista e produtora Bruna Castelo Branco, gravei o programa “Na minha época”, que foi ao ar hoje, 23/09. Bruna migrou do jornal impresso, onde a conheci, para a produção de matérias de TV.
A pauta era para falar sobre pessoas com mais de 60 anos que continuam ativas e produzindo.
A população mundial está envelhecendo, no Brasil não seria diferente.
Em 2020, o número de idosos no Brasil chegou a 42,1 milhões. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a tendência de envelhecimento da população vem se mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade.
Envelhecer é uma dádiva reservada a poucos, a maioria fica pelo caminho. Então, já que continuamos vivos, vamos aproveitar. Se olharmos com atenção, podemos detectar o aparecimento de um novo grupo social que antes não existia: pessoas que agora têm entre sessenta e oitenta anos. A este grupo pertence uma geração que expulsou a palavra envelhecimento da terminologia, porque simplesmente não tem a possibilidade de fazê-lo nos seus planos atuais e de futuro.
Hoje os conceitos e o olhar para o idoso – palavra que não gosto – mudaram muito.
Algum tempo atrás uma pessoa com 50 anos era considerada velha. Etarismo hoje é crime. Aos 60, 70, 80 anos, as pessoas estão estudando, trabalhando, descasando, casando novamente, descobrindo os prazeres do sexo. Muitas atrás de um grande amor. À procura de dividir a vida, o edredom, a companhia. Enfim, atrás de resignificarem suas caminhadas. São os “ageless”, termo em inglês para designar principalmente as mulheres que não se limitam aos esteriótipos da idade. Um bom exemplo é a garota Susana Vieira, aos 81 anos, ativa, produzindo e atrás de um namorado. Sim, ela continua gostando de sexo. Susana está viva e com o fogo da gata. Tenho uma amiga de 63 anos, que só descobriu o orgasmo após ficar viúva. O novo namorado, escolado na arte de amar, levou-a ao nirvana.
Em minhas andanças pelo mundo tenho visto homens e mulheres, sós ou acompanhados, vivendo e vivenciando novas experiências.
Na entrevista, o apresentador João Marcus, 62 anos, mostrou fotografias minhas em diferentes lugares do mundo, e apresentou-me como Engenheiro Agrônomo, escritor, estudante de Jornalismo e globetrotter, que é como gosto de ser chamado. Ou seja, aquele que anda pelo globo.
No outono da vida, quando tenho menos tempo pela frente do que deixei para trás, procuro fazer o que gosto, o que me deixa feliz. A vida é construção continua e permanente, viver é dádiva. O desafio é envelhecer, cheio de planos e metas de futuro. Jamais um velho rabugento, que pensa que sabe tudo da vida. Ninguém sabe.
Ao encerrar um ciclo de 35 anos como funcionário público federal, nunca me apresentei ou deixei que me chamassem de aposentado. Sabem por quê?
Segundo os espanhóis, aposentados são aqueles que voltam para seus aposentos e não tomam mais decisões importantes na casa.
Hoje, trabalho a convite do governador Carlos Brandão na SETUR, estudo Jornalismo, escrevo para jornais de norte a sul deste imenso Brasil. Estou ativo.
Acho que ainda tenho muito a aprender, um pouco a ensinar. Prestes a completar 65 anos, sou “seminovo”, com sede e fome de conhecimentos, novas experiências.
Todos envelhecemos, mas não envelhecemos todos da mesma maneira.
A uns, envelhecem os olhos; a outros, envelhece o olhar.
A uns, envelhece a boca; a outros, envelhece o beijo.
A uns, envelhece o pescoço; a outros, envelhece o colo.
A uns, envelhece a memória; a outros, envelhece o sonho.
A uns, envelhece o corpo; a outros, a alma.
O tempo de fora é o tempo de vida; O tempo de dentro é a vida do tempo…
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