Por Silvio Farias (*)
Fundada em 1967 por Egidio e Angela, a Luca Bosio Vineyards hoje é comandada pela terceira geração.
O filho do casal, Valter Bosio, casou-se com Rosella e teve um filho chamado Luca.
Os 60 hectares de vinhedos estão localizados no centro do Langhe.
O nome “Truffle Hunter Leda” é uma homenagem a Leda, uma cachorrinha e companheira fiel da família Bosio por 14 anos, lendária por sua habilidade de caçar trufas.
A ligação entre Leda e Valter é tão forte e apaixonada que, quando ela falece, ele pede ao amigo para enterrá-la longe da adega, onde o chão está sempre “tranquilo”, e cobre-a com um cobertor “para ela não passar frio”. Este é o símbolo da relação que conecta os caçadores de trufas com seus cachorros para sempre.
Uma relação construída sobre lealdade e amor que é muito mais do que uma simples amizade entre cão e homem.
A homenagem nasce justamente desse companheirismo.
Acredita-se que o legado e a história da Leda vivem cada vez que uma garrafa é aberta.
Os vinhos da Luca Bosio Vineyards apostam na qualidade e em seu background como diferenciais.
São nove rótulos, que incluem os prestigiados Barolo e Barbaresco, assinados pelo enólogo Valter Bosio.
Os exemplares são elaborados nos melhores terroirs do Piemonte, certamente uma das regiões vitivinícolas mais prestigiadas do mundo.
Piemonte quer dizer “ao pé do monte”, neste caso, os Alpes, ao sul do rio Pó.
Em geral, os tintos lá produzidos apresentam taninos potentes, aromas e sabores complexos e envelhecem muito bem.
O Piemonte é formado por DOCs (Denominações de Origem Controlada) sobrepostas, sendo que o Langhe é o coração da vitivinicultura da região, onde estão Barolo e Barbaresco.
Trata-se de um terroir poderoso que combina clima, uva e solo, onde a Nebbiolo amadurece lentamente e alcança qualidade sem igual.
A enogastronomia regional é extremamente rica, sendo que as trufas têm papel importante e combinam com seus vinhos ricos e maduros.
Barolo é um verdadeiro ícone da vitivinicultura mundial.
Este vinho é elaborado com a uva Nebbiolo proveniente do vinhedo Verduno, localizado em altitudes entre 300 e 350 metros de altura, de solo argilo-calcário.
Amadurece por 3 anos em barricas francesas.
Demonstra toda a tipicidade do Barolo, com aromas florais, notas apimentadas, leve alcaçuz, além de sugestões a tabaco, couro e alcatrão.
Vinho encorpado e de taninos sedosos com aromas florais, notas apimentadas, leve alcaçuz além de sugestões a tabaco, couro e alcatrão.
Ingrediente mais venerado da região é a trufa banca. A cada temporada (do final de outubro a meados de novembro), chefs, comilões e traders do mundo gastronômico salivam pelo tartufo bianco, iguaria cujo preço pode chegar a 5 000 euros o quilo.
A trufa é um fungo subterrâneo que se desenvolve na trama formada pelas raízes de árvores como o carvalho e a nogueira.
As brancas são tão valiosas porque crescem apenas no solo calcário argiloso do Piemonte e em menor quantidade na toscana e na Croácia.
Embora haja controvérsias quanto à sua origem, as primeiras menções a vinhos da uva Nebbiolo datam do final do século 13, na região de Piemonte, no noroeste da Itália.
Seu nome, em italiano, significa “névoa” e faz referência à neblina das montanhas onde o fruto é cultivado.
Características marcantes da Nebbiolo é uma cepa que exige alguns cuidados do viticultor e também na elaboração do vinho.
Quando bem conduzidas, são capazes de produzir vinhos bem complexos, é exigente tanto no tipo de clima quanto de solo.
Nebbiolo desenvolve muito bem todo seu ciclo de amadurecimento em razão do clima mais quente e com boa insolação.
Fora da Itália encontramos Nebbiolo na Argentina, México, Austrália, Uruguai, EUA, com estilo do Novo Mundo, para serem consumidos mais jovem.
O Barolo é conhecido como o “rei dos vinhos” e é especialmente robusto e encorpado, enquanto o Barbaresco é mais suave e aromático.
Ambos são produzidos exclusivamente com uvas Nebbiolo da região do Piemonte e são verdadeiros ícones do mundo dos vinhos.
Além dos famosos Barolo e Barbaresco, a uva Nebbiolo é usada em outras denominações de origem controlada, como o Gattinara, o Ghemme, o Lessona e o Nebbiolo d’Alba.
Cada um deles tem suas próprias características distintas, mas todos compartilham a elegância e complexidade que tornaram a variedade famosa.