Quem já se deparou com interlocutor (a) que monopoliza o diálogo em si, faz arrodeio para expressar uma ideia, usa exemplos pessoais para argumentar no coletivo, confunde, usa chavões em longas falas ou textos, abusa de redundâncias e sinônimos padecendo de objetividade nas relações sociais, necessárias nos dias atuais?
Nas reuniões de família, ao telefone, nas redes sociais, em reuniões de instituições, sempre aparece um que foge do tema e dispara palavreado importuno, impertinente, implicante ou longo. Monopoliza o uso da comunicação. Alguns afirmam: “sem querer interferir”. Fato é que necessitamos de novos paradigmas nas relações sociais como também na linguagem.
Longe de combater o gosto de Fidel Castro que falou por cinco horas e em 1998 atingiu sete horas e quinze minutos discursando. Tão pouco no Brasil, onde José Maria Paranhos, Visconde do Rio Branco, em 1865, após ser demitido por ter conquistado acordo de paz no conflito entre Brasil e Uruguai falou por oito horas! Em Sergipe alguns políticos gostavam de discursos alongados.
Fala-se que o francês Luís Colet, como guia do Museu de Artes e Tradições Catalãs em Perpignan, no sul da França, falou 124 horas – ou cinco dias e quatro horas!, não pregou os olhos e se alimentou apenas de pratos rápidos para não interromper o falatório. Fato é que, em diálogos ou palestras acontecem manifestações prolixas.
Chatice! É maçante, aborrece, cansa, desagrada e enfada. No mundo com a presença “online”, ser agradável, estimulador, instigante com objetividade possível na linguagem, fortalece os laços de empatia e igualdade. Dificultar a harmonia nos diálogos, quebra a egrégora em qualquer ambiente social.
Desabafos devem ser feitos no local oportuno contra interlocutores oportunos. Terceiros não podem pagar a conta de raivosidade de poucos. Radicalismos de conservadores, progressistas e fanáticos repetem os mesmos bordões. Exagerar nos bordões pode ser ausência de criatividade ou maldade.
Com objetividade e fidelidade ao tema, informar a ideia principal, explicar e concluir torna a mensagem suave e posta sem remendos. Início, meio e fim se bastam. Informar a ideia, explicar e concluir são fases básicas de uma mensagem nos diálogos.
Respeitar o coletivo é imperativo para uma boa relação no uso da linguagem, evitando ilações dominadas por subjetividades desconexas. Longe da defesa do lacônico, mas dialogar com disciplina e substância é virtuoso. O óbvio só é válido na comicidade. Ressalte-se que existem argumentos que merecem justificação ampla, como também existem exageros de objetividade, porém entre o prolixo e o objetivo preferimos o segundo.
(*) Valtênio Paes de Oliveira é professor, advogado, especialista em educação, doutor em Ciências Jurídicas, autor de A LDBEN Comentada -Redes Editora, Derecho Educacional en el Mercosur- Editorial Dunken e Diálogos em 1970- J Andrade.
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe.
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