Por Emerson Sousa (*)
A pobreza, ao lado da fome e da desigualdade econômica, é um dos maiores problemas sociais da modernidade.
De acordo com o Banco Mundial, em 2022, 3,6 bilhões de pessoas ainda viviam abaixo da linha da pobreza, definida como um ganho per capita máximo de US$ 6,85 por dia (a preços da Paridade do Poder de Compra de 2017). Traduzindo para nossa realidade, isso corresponde a aproximadamente R$ 753,02 mensais por pessoa.
No Brasil de 1995, no alvorecer do Plano Real, 85 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza, segundo dados do próprio Banco Mundial — o equivalente à atual população da Turquia. Já em 2022, esse número havia caído para 49 milhões, uma cifra próxima à também vigente população da Coreia do Sul.
Entre esses dois marcos, a prevalência da pobreza no Brasil caiu de 52,6% para 23,5% da população. Para termos uma ideia comparativa, no mesmo período, a pobreza global recuou de 70% para 45% da população mundial.
Nessa trajetória, o mundo retirou da pobreza cerca de 420 milhões de pessoas, enquanto o Brasil sozinho respondeu por 35 milhões desse total. Sim, é isso mesmo: de cada 12 pessoas que superaram a pobreza no mundo, uma é brasileira.
Contudo, essa evolução não foi linear. A velocidade da redução da pobreza alterou-se bastante — dependendo de quem ocupava a Presidência da República. E, “para variar”, os melhores resultados vieram dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1995 e 2002, cerca de 51% da população vivia na pobreza, com o contingente de pobres nunca baixando de 84 milhões.
Com a chegada de Lula (PT), a história começou a mudar. Em 2003, primeiro ano de seu mandato, 47,3% dos brasileiros — cerca de 88 milhões de pessoas — ainda estavam abaixo da linha da pobreza. Quando Dilma Rousseff (PT) assumiu, em 2011, após oito anos de governo petista, esse percentual havia caído para 29,9%.
Mesmo durante os anos turbulentos do governo Dilma, o Brasil manteve a tendência de redução da pobreza. Em 2016, ano do golpe parlamentar que afastou a presidenta, a pobreza atingia 27% da população, com 3,5 milhões de pobres a menos em relação ao início de seu mandato.
Em 14 anos de governo, o PT retirou 29,6 milhões de brasileiros da pobreza.
Já sob Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PSL/PL), a situação ficou estagnada: entre 2016 e 2022, a taxa de pobreza oscilou em torno de 25,1%. Nesse período, a prevalência chegou a um piso de 18,7% em 2020 — graças ao pagamento do Auxílio Emergencial —, mas logo depois voltou a crescer, atingindo 28,4% em 2021, o maior índice em uma década.
Resumindo: desde 1995, os governos não petistas retiraram 13,9 milhões de brasileiros da pobreza, enquanto os governos do PT retiraram 29,6 milhões. Ou seja: para cada três brasileiros que deixaram a pobreza no período, dois o fizeram sob Lula ou Dilma.
E a história não para aí. Dados recentes do IBGE já apontam que, no governo Lula III, iniciado em 2023, a redução da pobreza voltou a se acelerar.
Mais uma vez, fica claro: o PT governa melhor o Brasil.