Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
A convite da diretoria da EGMA, fui convocado para ministrar palestra em comemoração dos 30 anos da Escola de Governo do Maranhão, com o título “O que é Felicidade?”. A palestra foi na última sexta-feira.
O título era uma provocação, para se pensar sobre o tema que nunca sai de moda, desde que o homem por aqui aportou, ainda nos primórdios.
Como um Engenheiro Agrônomo, mais afeito a cálculos e números, se dispõe a falar sobre Felicidade, em tempos tão conturbado como o que estamos vivendo?
Acho que é exatamente nestes dias atuais que precisamos resgatar o que temos de felicidade dentro de cada um de nós.
Segundo o dicionário, “felicidade é o estado de quem é feliz, um sentimento de bem-estar e contentamento. Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem”.
Felicidade é o estado de quem é feliz, uma sensação de bem estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos.
A felicidade é um momento durável de satisfação, no qual o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento.
A felicidade é formada por diversas emoções e sentimentos, que pode ser por um motivo específico, como um sonho realizado, um desejo atendido, ou até mesmo pessoas que são conhecidas por estarem sempre felizes e de bom humor, em que não é necessário nenhum motivo específico para elas estarem em um estado de felicidade.
Para mim, felicidade é algo relativo, o que torna uma pessoa feliz é diferente para outra pessoa.
No outono da vida, e somente com o passar dos anos, posso dizer que Felicidade é construção contínua e permanente: são escolhas e consequências; é mudar o olhar para o seu entorno. São as coisas simples que nos tornam mais felizes. Uma das maiores riquezas nos dias atuais é ter tempo para realizar desejos. Tempo para apreciar uma boa comida, ler um livro, apreciar entardeceres, conversar com familiares e amigos. Tempo para fazer amor, pois sem amor ninguém é feliz. Coisas que parece que ficaram no passado, pois o tempo acelerou; quando na verdade, fomos nós que nos aceleramos; o Tempo é imutável.
Poucas coisas são tão democráticas no mundo como o tempo. Todos nós temos 24 horas por dia, para usá-las da maneira que bem quisermos. O que diferencia cada um de nós é como as usamos. Aos 65 anos, tenho mais projetos de vida do que quando tinha 30. Hoje, curso Jornalismo, concluí o MBA em Gestão Pública, faço parte da maravilhosa equipe da Secretaria de Turismo do Maranhão; estou concluindo dois livros. Escrevo semanalmente para 22 jornais, portais e blogs de diferentes cidades brasileiras, além de um jornal de Viana do Castelo, Portugal, e para um jornal de Luanda, Angola.
Estudos mostram que em qualquer idade temos que ter metas, objetivos, propósitos. Isso nos impulsiona a seguir em frente. Após visitar 151 países em todos os continentes do mundo, sou o cidadão mais viajado do mundo com mobilidade reduzida; para mim é motivo de alegria e felicidade.
A meta é conhecer os 43 países que faltam e seguir como um Forrest Gump, ou seja, andarilho e contador de boas histórias. Caro leitor, amiga leitora, a palestra teve bom público, especialmente mulheres; sempre elas, antenadas com seu tempo.
Ser feliz é adaptar-se às mudanças que o mundo nos impõe, e se reinventar sempre. Pois quando tudo terminar, e a libitina vier nos buscar, é olhar para a trás e dizer a plenos pulmões: “A vida é dura, mas é mágica, fascinante, surpreendente, bárbara e fenomenal. Valeu a pena!”
Como diz o poeta Gonzaguinha: “Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder ou quiser”.
Vamos em frente!