Por Edmar Nogueira da Rocha (*)
A jornada de um atleta olímpico é exemplo notável de vontade, planejamento, dedicação, persistência, superação, resiliência e preparação meticulosa.
Eles passam anos, eles passam décadas, treinando incansavelmente para alcançar a excelência em suas respectivas modalidades. E esse processo envolve, não apenas o esforço individual, mas também o apoio de uma vasta equipe de profissionais, incluindo treinadores, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, coaches, massagistas, médicos e outros.
Cada detalhe é planejado e executado com precisão para garantir que o atleta esteja pronto e no auge de seu desempenho quando chegar o momento de competir.
O que muita gente não sabe é que esses mesmos princípios também ressoam fortemente e estão alinhados com os valores e preceitos da maçonaria, que enfatizam a busca pela excelência pessoal e o aprendizado contínuo.
Assim como os atletas, os maçons são incentivados a buscar o autoconhecimento e o aprimoramento. A maçonaria valoriza o crescimento pessoal, mental e espiritual de seus membros, promovendo um ambiente onde cada um possa aprender e se desenvolver em diversas áreas da vida. É o que eles chamam de “o desbaste da pedra bruta”.
O planejamento meticuloso que caracteriza a preparação de um atleta é semelhante à abordagem dos maçons em seu desenvolvimento. A disciplina e a dedicação são fundamentais, refletindo a importância do trabalho árduo e da persistência na jornada pessoal. Da mesma forma, o suporte de uma equipe de profissionais ao atleta se alinha com a ideia de liberdade, igualdade e fraternidade na maçonaria. Os maçons colaboram uns com os outros, oferecendo apoio e compartilhando conhecimento, de forma que os membros mais antigos sejam responsáveis por direcionar e acompanhar o processo de desenvolvimento dos mais jovens.
Curiosamente, ao observar o mundo corporativo, podemos notar que o desenvolvimento profissional nem sempre é tratado com a mesma seriedade, esmero e rigor. Embora todos saibam que o crescimento e o desenvolvimento sejam fundamentais para o sucesso em qualquer carreira, muitas empresas ainda não percebem a necessidade de investir, decididamente, em atividade de treinamento contínuo. Muitas vezes, o foco está apenas nos resultados imediatos, com pouca ênfase na formação e no aprimoramento das habilidades que poderiam sustentar o sucesso a longo prazo.
Assim como no caso dos atletas olímpicos e do mundo maçônico, o sucesso de uma carreira não é um simples acaso. Depende de constante investimento em contínuo desenvolvimento e aperfeiçoamento. Dessa forma, no dia em que as empresas começarem a ver o treinamento como um investimento estratégico e os profissionais compreenderem que o desenvolvimento pessoal é uma responsabilidade que eles próprios devam assumir, o cenário corporativo deverá ser, radicalmente, transformado. E os benefícios de tal abordagem serão profundos, não apenas em termos de desempenho e produtividade, mas também na satisfação e realização pessoal dos indivíduos e nos resultados das organizações.
Em suma, os atletas olímpicos, os maçons e os profissionais, de qualquer natureza, têm em comum a necessidade de preparação contínua e foco no desenvolvimento. A compreensão de que o sucesso deva ser construído sobre uma base de aprendizado e desenvolvimento, talvez seja a chave para um futuro mais promissor. Tanto a Maçonaria quanto o mundo olímpico podem servir como modelo inspirador para os profissionais que buscam integrar esses princípios em suas carreiras, com a finalidade de alcançar um futuro mais promissor e melhor sucedido.
O detalhe é que os atletas já descobriram isso e a maçonaria também… Entretanto, infelizmente, o mundo corporativo ainda parece adormecer em berço esplêndido.
Muito bom.
Excelente artigo repleto de realidades e aconselhamos que permitam ao irmão maçom e ao profano fazer um comparativo do momento atual e uma reflexão para o futuro através de suas capacidades olímpicas e profissionais! Parabéns ao ilustre irmão Edmar Nogueira. Deus te abençoe.