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O que será das finanças, quando a pandemia passar?

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David de Andrade Rocha (*)

Nas últimas semanas falamos como a pandemia da Covid-19 é problemática para todos os setores, inclusive para  a economia e as finanças pessoais. Mas, hoje vamos abordar o assunto num ângulo diferente, pois quando o ápice da pandemia passar é certo que teremos que enfrentar uma depressão econômica. E eu pergunto a você que lê agora: está preparado para esse cenário?

As medidas governamentais utilizadas pelos governantes mundiais se aproximam hoje da filosofia de Keynes sobre a impressão de dinheiro para fomentar a economia. Por dia, muitos bilhões de dólares são injetados nas veias da economia para ver se mantém o sistema funcionando. Mas apesar de parecer necessário e em grande medida realmente sê-lo, o que podemos esperar de tamanha liquidez?

Inicialmente, poderíamos pensar em uma inflação a níveis alarmantes, mas isso só se daria a longo prazo. No curto,  veríamos uma provável diluição do capital gerando um problema de divisas internacionais. Ou seja, muitos países com dívidas com o FMI, por exemplo.

Isso pode parecer besteira quando olhamos a curto prazo, no qual a renda está ameaçada. Mas se olhamos uma possível inflação a níveis altos no médio e a fraqueza de nossa moeda frente ao mercado internacional, podemos ter uma visão mais ampla de como pode demorar para o Brasil sair desse buraco que cada vez cava mais fundo.

O mesmo pode ser dito de Sergipe, que vem pegando verba emprestada e protelando impostos para conseguir capital suficiente para suas demandas, com o propósito de deixar o povo com alguma renda e os efeitos, ao menos, seja sentido diluído ao longo dos próximos meses.

Esse cenário já está posto e não há muito o que fazer agora com ele. Mas as nossas finanças pessoais devem agora ser o foco de nossa atenção. Passemos a estudar e a nos preparar para ter uma gordura financeira que nos permita passar os meses subsequentes a essa crise.

O melhor que podemos fazer hoje como pessoas e como cidadãos é nos preparar e nos conhecer financeiramente para que com isso, não sejamos tão atingidos e possamos aproveitar as boas oportunidades que virão com certeza.

Uma abraço e bons investimentos.

(*) David Rocha escreve semanalmente, às terças-feiras. Ele é assessor de investimentos e educador financeiro, que vive o mercado diariamente, desde 2011, e autor do livro Tesouro Direto – Um Caminho para a liberdade financeira de 2016.

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