Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*)
Com alegria, recebi no último domingo, 12, a visita do Prof. José Ginaldo de Jesus em minha residência, em Lagarto-SE. Trazia consigo um exemplar do livro “Seminário Maior de Aracaju – 30 anos formando Padre para a Igreja povo de Deus”, que ele organiza juntamente com Dom José Genivaldo Garcia, bispo da Diocese de Estância. Lançado em 2024, pela gráfica e editora J Andrade, com projeto gráfico de Sérgio Luís dos Santos, o livro é desdobramento de um dos textos do volume 3 da coleção “Temas de História e Educação Católica em Sergipe” (2021).
Localizado na Rua Verde Prata, Soledade (Aracaju), o Seminário de Aracaju também é conhecido por Seminário Nossa Senhora da Conceição ou Seminário do Lamarão. Foi fundado em 1994 pelos bispos: Dom Luciano Cabral Duarte (segundo arcebispo metropolitano de Aracaju), Dom José Palmeira Lessa (bispo diocesano de Propriá) e Dom Hidelbrando Mendes (segundo bispo diocesano de Estância). A sede inicial foi o Convento São Francisco, na cidade de São Cristóvão. A partir do ano 2000, passou a funcionar em local próprio.
Os organizadores do livro têm uma reconhecida trajetória no âmbito da formação acadêmica e teológica de seminaristas e padres. Ginaldo de Jesus é um leigo há muitos anos engajado, desempenhando importante papel à frente do Movimento Serra, que reza pelas vocações sacerdotais e religiosas, além de consagrado escritor, professor da instituição há muitos anos e membro de academias e agremiações literárias em Sergipe, a exemplo do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho (da Academia Sergipana de Letras) e atual presidente da Academia Estanciana de Letras. Por outro lado, Dom Genivaldo é sacerdote desde 1994, sagrado bispo recentemente pelo Papa Francisco, em 2023, e atuando na Diocese de Estância desde a referida data. É um entusiasta da formação sacerdotal, com formação acadêmica, muito carismático junto aos seus alunos do seminário.
O livro “Seminário Maior de Aracaju – 30 anos formando Padre para a Igreja povo de Deus”, além de um capítulo assinado por seus organizadores, tema central da presente obra, é, ainda, assinado por mais 25 autores, entre leigos, leigos consagrados e clérigos: Padre Christiano Silvestre, Dom José Palmeira Lessa, Rita de Cascia Freitas Farias, Denise Vieira Gonçalves, Tereza Simone, Padre João Bosco Vieira Leite, Irmã Annette Havene, Gema Galgane, José Alfeu do Nascimento, Padre José Dácio dos Santos, Padre Daniel Francisco de Sousa, Padre Helelon Bezerra dos Anjos, Padre José Lima Santana, Padre Rogério Santana, Padre Iuri Ribeiro dos Santos, Frei Cidmário Bezerra, Frei Gleizer Campino, Padre Thiago Silva Santana, Padre Valmir Soares Santos, Diácono Edvanio de Jesus Nascimento, Maria Patrícia V. M. Lima, José Lucas Alves da Cruz, Paulo Cesar Lima Santos, José Anderson Bispo dos Santos e Padre Carlos Henrique dos Santos.
Em linhas gerais, “Seminário Maior de Aracaju – 30 anos formando Padre para a Igreja povo de Deus” pendula entre a História e a Memória. Vale dizer, também, da importância de muito dos seus depoimentos, dos quais, destaco o de autoria do Prof. José Alfeu do Nascimento: “Como professor do Seminário Maior, o docente também aprende a aprender. Ir além do cumprimento do Plano de Curso. Participando das reuniões na abertura e no encerramento do semestre letivo. Sacerdotes e leigos com o objetivo de avaliar o desempenho de cada seminarista na sua disciplina. Trata-se do cuidado com a formação acadêmica, humana e espiritual. Na sala de aula e nos corredores, cultiva-se o diálogo com o aluno. Sente-se isso (cuidado, diálogo e respeito), também na orientação de monografias” (p. 83)
Na “Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas” (1977), de autoria de Dom Luciano José Cabral (cujo Centenário de Nascimento celebramos este ano), há uma passagem que diz: “E vós, ó Maria, Mãe dos sacerdotes, vós que sois a Onipotência Suplicante, socorrei-os a todos, nos trabalhos e dificuldades em que se encontrarem”. Formar um sacerdote não é uma tarefa fácil. Seja para quem se sente vocacionado, seja para quem assume a responsabilidade de conduzir, orientar, encorajar e iluminar os seminaristas. Para além da questão acadêmica e espiritual, faz-se necessário arcarmos os custos financeiros desta formação. Desse modo, para além da celebração da memória, nós, leigos, precisamos ter bem clara a nossa parcela de colaboração em todo o processo: orando, é bem verdade, mas também fazendo doações para que jovens apaixonados por Jesus Cristo possam ser, um dia, aqueles que irão entusiasmar o mundo com seus exemplos, conhecimentos e humanidade.
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