Por Manuel Luiz Figueiroa (*)
Olho de Horus
Segundo a lenda egípcia, Horus — Deus da Guerra, filho de Osiris, Deus dos Mortos, e Isis, Deusa da Magia — em luta contra o seu tio Set, Deus do Caos, que havia matado seu pai, na disputa do trono do Egito, perdeu seu olho esquerdo que foi recuperado por To-hu-ti, Deus da Sabedoria.
Após 80 anos de luta, Horus vence Set unificando o Egito.
Uso na matemática
O lado direito do olho = 1⁄2 ; A pupila = 1⁄4
A sobrancelha = 1⁄8 ; O lado esquerdo do olho = 1⁄16
O rabo curvado = 1⁄32 ; A lágrima = 1⁄64.
Frações representadas na figura de um quadrado.
Com uma observação mais cuidadosa, a sequência infinita ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64… forma uma Progressão Geométrica de razao ½ e soma dos termos a unidade.
OS CHAKRAS
Em razão de sermos parte do universo como criação divina e que fazemos parte da energia cósmica, nós, humanos, somos formados de energia. Dessa forma nos submetemos à ideia de CHAKRA, roda de luz, como centro de energia, no ser humano, corpo físico, a matéria, e fora desta, emocional, mental e pensamento.
Terceiro olho
O terceiro olho está localizado na testa, representado pela glândula pineal, como o centro da intuição e da previsão, se relacionando no plano espiritual com a clarividência, estando ligado ao sexto e ao sétimo chakras.
Segundo René Descartes, filósofo, fisiologista e matemático francês (Séc. 17), a glândula pineal seria a sede da alma.
Descartes é responsável pela famosa frase em latim: “Cogito, ergo sum” (penso, logo existo). Ele foi o primeiro a levantar a doutrina do dualismo corpo e mente, tendo discutido temas como a ação voluntária e involuntária, os reflexos, consciência, pensamento, emoções etc.
- Funcionalidade do terceiro olho
Dentro do campo espiritual, a glândula pineal capta as informações do ambiente físico e espiritual. Acredita-se que indivíduos mediúnicos e clarividentes possuem terceiro olho amplamente desenvolvido, sendo muito mais sensíveis às variações de energia. Essa glândula está ligada ao funcionamento do Chakra Ajna, localizado entre nossas sobrancelhas, e o Sahasrara, localizado no topo da cabeça, reabastecimento das energias cósmicas.
- Desenvolva o terceiro olho
Fale menos e escute mais, pratique a meditação, desenvolva a criatividade, seja mais observador, trabalhe sua intuição.
Fale menos e escute mais – esta é a primeira lição do aprendiz maçom que não tem permissão de falar, em alguns ritos, nos trabalhos da loja. No mundo profano se não puder elogiar, cale-se.
A prática da meditação é a busca da ligação com o divino. Esta aprendizagem está presente no início dos trabalhos em loja. Fora da loja, em ambiente silencioso e discreto, a meditação sempre é bem-vinda.
A criatividade, como toda atividade, necessita de prática, portanto o exercitar a criatividade é um fator desenvolvimentista do terceiro olho.
Atente-se para a realidade dos fatos, e o que é fato não pode ser mudado, pois o mesmo já ocorreu e, portanto, só pode ser compreendido.
Desenvolver a intuição consubstancia o presente com o futuro.
O TERCEIRO OLHO NA MAÇONARIA
Ele representa o olho de Deus que observa a humanidade: o triângulo simboliza a Santíssima Trindade e os raios a glória divina. Um dos ícones mais famosos da Maçonaria, o Olho da Providência, é um poderoso lembrete aos maçons de que o Grande Arquiteto do Universo está sempre de vigia. Por outro lado, a onipresença não tem o aspecto punitivo, muito pelo contrário, entenda-a como protetiva.
CONCLUSÃO
O olho de Orus tem sido usado como amuleto que significa proteção, restabelecimento da saúde e visão, e nas prescrições médicas antigas, muitas vezes, encontram-se o símbolo Rx indicando cura e restabelecimento. Quando os médicos precisavam prescrever a fórmula do medicamento, manipulação, misturando e compondo seus ingredientes, a abreviação Rx era completada com uma ordem, como fiat mistura, que significa “faça-se a mistura”. Outra teoria é a de que Rx fosse uma invocação ao deus romano Júpiter, para que o tratamento fosse efetivo.
Os chakaras são regiões do corpo humano que funcionam como receptores de energia e são sete, entretanto o destaque é para o sexto, Ajna e o sétimo, Sahsrara que são do interesse deste estudo.
O terceiro olho é uma extensão dos dois olhos, enquanto estes enxergam o momento presente, aquele projeta na mente fatos que ocorrerão no futuro. A memoria guarda fatos ocorridos, registrados pelos dois olhos, o terceiro olho registra a projeção do futuro. A estrada da vida percorrida é observada pelos dois olhos, e registrada na mente como história de cada um, enquanto o terceiro olho prevê a estrada a ser percorrida além da curva.
Em termos espirituais o terceiro olho, a glândula pineal estão mais desenvolvidos nos médiuns que o utilizam como instrumento de cura na relação matéria x espírito, intermediando o espirito como ser de dimensão superior para cura de doenças do corpo.
É indiscutível que a glândula pineal como ligação com o divino nas coisas de espírito é mais um código identificador do criador na criação da mesma forma que o número sagrado 1,6180 obtido da sequência de Fibonacci.
“Não procures Deus em Templos, Igrejas e Imagens, se não os verdes nas plantas, nos animais, nas pedras, e não encontrares Ele dentro de ti mesmo.” Alcir Otto – Pensador. 14/10/2012.
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Referências
↑ «Significado do Olho de Hórus». Consultado em 6 de maio de 2015
↑ «A Civilização Egipcia». Consultado em 6 de maio de 2015
↑ «olho de horus». significados.com.br. Consultado em 6 de maio de 2015
↑ Xavier, Francisco; Luiz,André. Missionários da Luz 45ª ed. [S.l.: s.n.] ISBN 978-8-573-28801-8
↑ «Revelações de André Luiz em revistacientífica». mundoespirita.com.br. Consultado em 29 de março de 2017
↑ Stewart, Ian (2009). Professor Stewart’s Hoard of Mathematical Treasures. [S.l.]: Profile Books. pp. 76–80. ISBN 978 1 84668 292 6
↑ Hilary Wilson (1995). Understanding Hieroglyphs: A Complete Introductory Guide. London: Michael O’mara Books Ltd. p. 165
↑ Ritter, Jim (2002). «Closing the Eye ofHorus: the Rise and Fall of ‘Horus-Eye Fractions’». In: Steele, J.; Imhausen, A. Under One Sky: Astronomy and Mathematics in the ancient Near East. Münster: Ugarit-Verlag. pp. 297–323 See also Katz, V., ed. (2007). The Mathematics of Egypt, Mesopotamia, China, India, and Islam: A Sourcebook. Princeton: Princeton University Press, and Robson, E.; Stedall, J., eds. (2009). The Oxford Handbook of the History of Mathematics
Shakras – Sociedade Espirita Luiz Sérgio
Av. Castelo Branco, 1012 – Campo Grande, M
Descartes e a Glândula Pineal – Patrizia Tomasi-Bensik, São Paulo, Brasil – 2005