O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sergipe, Inácio José Krauss, disse, em uma nota de repúdio da instituição, divulgada hoje, 7, que o ato violento contra o candidato a presidência da República, Jair Bolsonaro, PSL, esfaqueado na quinta-feira, em Juiz de Fora (MG), “é estopim que nos convoca à reflexão acerca do país e da sociedade que queremos construir. A que pontos chegamos e onde iremos parar”. Segundo ele, “vivemos tempos estranhos e perigosos”.
Na nota, Inácio Krauss diz que a discordância ideológica ou político-partidária deve ser respeitada, por se inerente à democracia, “para a instalação de um debate político civilizado, jamais par o acirramento dos ânimos e prática de atos de violência”.
Hoje à tarde, a Agência Brasil publicou que, pelo Twitter, Jair Bolsonaro, disse que estava bem e fez agradecimentos à família.
Confira a nota na íntegra: A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe vem a público manifestar indignação e veemente repúdio institucional aos atos de violência que insistem em se avolumar em decorrência do acirramento de disputas eleitorais. Lamentavelmente, na tarde de ontem, o Brasil assistiu atônito a mais um grave ataque. Independentemente de partido político ou ideologia, o atentado contra a vida de um candidato à presidência da república, em campanha, representa muito mais do que um grave crime praticado contra uma pessoa pública, significa, sobretudo, uma agressão contra a própria democracia. O violento ato é o estopim que nos convoca à reflexão acerca do país e da sociedade que queremos construir. A que pontos chegamos e onde iremos parar. Vivemos tempos estranhos e perigosos. Os discursos de ódio, a intolerância e o revanchismo têm tomado conta das relações sociais, fomentando a discórdia, o fanatismo e o extremismo. A discordância ideológica ou político-partidária, inerente à democracia, deve ser sempre respeitada e contribuir para a instalação de um debate político civilizado, jamais para o acirramento dos ânimos e prática de atos de violência, como formas de imposição de uma vontade individual, através de um exercício arbitrário das próprias razões. Muito mais do que a importante escolha dos nossos representantes, as eleições que se avizinham se constituem em um momento ímpar de (re)construção do futuro do nosso país. Portanto, independente de divergências nas escolhas de cada um, uma coisa deve ser certa: o propósito de unir o país e seu povo em torno de uma perspectiva de evolução social. Portanto, as eleições são o ápice da democracia e não podem jamais se transformar em um campo de guerra, razão pela qual todos e quaisquer atos de violência são condenáveis e não têm espaço junto a uma sociedade civilizada, por representarem a barbárie. Mais do que nunca é tempo de fazer ecoar aos quatro cantos do nosso país o brado de repúdio que reverbera: NÃO A VIOLÊNCIA. ABAIXO A INTOLERÂNCIA. VIVA A DEMOCRACIA! Inácio José Krauss de Menezes Presidente da OAB/SE