Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
Na semana passada tive a grata e emocionante surpresa de ler, ao lado da minha crônica publicada no nobre espaço do jornal O Dia, de Teresina, um artigo cujo título era: “Das muletas fiz asas”. O autor, João Pedro Ayrimoraes Sousa, advogado e escritor, gentil e generosamente escreveu sobre o livro que lancei no ano passado, cujo nome é o mesmo do artigo, primeiro em São Luís do Maranhão, minha terra natal, depois em São Paulo.
No livro “Das muletas fiz asas” conto um pouco de minha caminhada, o acidente que sofri em 07/2003; as 43 cirurgias que fiz, e as viagem por esse mundão, que me reinventaram.
O escritor João Pedro conta que adquiriu o exemplar “na Filial da Livraria LEITURA, em Teresina”. E, acrescenta: “Reputamos acrescentar, desde logo, por considerarmos oportuno, que o que mais nos motivou a escrevermos este artigo, foi a incrível e extraordinária história de vida do notável cronista e escritor Luiz Thadeu, resumida, por ele próprio, como introdução de cada um dos seus artigos ou crônicas, nos seguintes termos: “Luiz Thadeu Nunes e Silva – Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da Terra. Autor do livro “Das Muletas fiz Asas”. Membro do IHGM, Instituo Histórico e Geográfico do Maranhão.”
Engenheiro Agrônomo, há anos, hoje, aos 64 anos, curso Jornalismo. Escrevo para 22 jornais, blogs e Portais de diferentes cidades de norte a sul do país, além de dois periódicos de língua espanhola.
Há dias recebi um e-mail de um leitor de Boa Vista, Roraima, sr. Ronnie Jefferson, após ler o que escrevi quando Milan Kundera morreu:
“Não conheci Milan Kundera, em suas obras, nem mesmo àquela que o vi apontar, a leveza do ser. Aliás primeiro peço desculpas por essa pequena ousadia, venho do jornal, das matérias de opinião. Quisera eu também escrever, enquanto não, aproximo-me dos livros e também do meu tempo me aproximando disso que são as pessoas em suas próprias palavras, por isso mesmo que gosto mais das matérias de opinião do que das partes secas do jornal. Tampouco conheci outros centos e poucos países, apenas esse Brasil. Agora, tenha parte, conheço uma nova história, basta para mim. Tem boas histórias, meu bom senhor, escrevo para lhe dizer isso, um sinal de obrigado de um leitor. Eu, às vezes, costumo pensar que existe uma solidão em todos os lugares, talvez seja uma solidão que está sempre em mim, e apenas em mim, entretanto essa solidão é interrompida por alguma história, por alguma emoção, de pessoa e pessoas, por aí. Temos aqui esse caso… e da minha perspectiva espero, sendo menor, como um pequeno leitor, romper uma solidão com esse obrigado, pois é esse o verdadeiro dever dos obrigados”. Gratidão ao Sr. Ronnie Jefferson.
Faço minhas as palavras de Carl Sagan, em “Cosmos”(…) Que coisa incrível é um livro. É um objeto achatado feito de árvore com partes flexíveis nas quais nós imprimimos uma porção de rabiscos escuros e esquisitos. Mas basta olhar para ele e você está dentro da mente da pessoa, talvez de alguém morto há milhares de anos. Através dos milênios, um autor está falando claramente e silenciosamente dentro da sua cabeça, diretamente a você. A escrita talvez seja a maior das invenções humanas, unindo pessoas que nunca conheceram umas às outras, cidadãos de épocas distantes. Os livros rompem os grilhões do tempo. Um livro é a prova de que os humanos são capazes de realizar magia.”
A alegria de quem escreve é o retorno de quem lê. Obrigado, amigos leitores, queridas leitoras.