De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD), patrocinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação da economia nacional foi de 14,6% da força de trabalho, no 3° trimestre de 2020.
Com isso, um total aproximado de 14,1 milhões de pessoas que possuem condições de trabalhar e estão dispostas para tanto, não conseguem encontrar uma colocação nesse mercado.
De acordo com o portal Trading Economic, esse volume é o 27° maior do mundo e o segundo das três Américas.
Nesse rol, o Brasil só não está em pior situação do que países como Bósnia e Herzegovina, Etiópia, Palestina, Espanha e Costa Rica.
Repare que, no primeiro trimestre de 2012, quando a série PNAD começou, a taxa de desocupação estava em 7,9% do total de pessoas dentro da força de trabalho.
O seu menor volume foi identificado no quarto trimestre de 2013, quando tocou o piso de 6,2%. O pior foi visto em sua última edição, no penúltimo trimestre do ano de 2020.
Durante o governo da presidenta Roussef, os níveis de desocupação mensurados pela PNAD orbitaram a marca de 7,7% da força de trabalho.
Já sob a égide do consulado Temer essa medida central ficou em torno de 12,3%, ao passo que no decorrer do mandato Bolsonaro ela navega o patamar de 12,5%.
De modo análogo, é possível dividir essa trajetória em quatro fases:
1°T 2013 a 4°T 2014 – apresentando uma tendência de queda;
1°T 2015 a 1°T 2017 – perfil de aumento;
2°T 2017 a 4°T 2019 – movimento de queda;
1° ao 3°T 2020 – recrudescimento das taxas de desocupação
Todavia, a versão mensal da PNAD mostra que essa retomada das taxas de desemprego não pode ser totalmente atribuída ao advento do Sars-CoV2 (Covid-19) dado que desde o último trimestre móvel de 2019 ela já era perceptível.
Por fim, é bom registrar que os mais recentes índices de desocupação vêm crescendo a uma média de 1,2% maior em relação ao período anterior, a cada divulgação, o que pode sugerir que ele demorará para ceder.
(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe
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