De nada adiantou o apelo da Federação das Indústrias de Sergipe (FIES) ao “criterioso senso dos parlamentares” para que eles não aprovassem a prorrogação do prazo de vigência do Fundo Estadual do Equilíbrio Fiscal (FEEF) até dezembro de 2022. Hoje, os “criteriosos” aprovaram por unanimidade o projeto de autoria do Poder Executivo, para reforçar a indignação da diretoria da FIES com o Governo do Estado.
Segundo a justificativa do PL, a manutenção do FEEF foi em virtude da chegada da pandemia do novo coronavírus, que afetou drasticamente a expectativa dos brasileiros quanto à recuperação da economia, tendo produzido efeitos negativos significativos em todos os setores, que certamente irão se estender por mais alguns anos.
A aprovação do PL visa assegurar que as contas públicas do Estado de Sergipe permaneçam em situação de equilíbrio durante esse período de grave dificuldade, permitindo que o Governo não apenas arque com os seus compromissos, como também recupere sua capacidade de investimento.
Mas o entendimento da FIES é outro. A entidade diz “que o impacto fiscal na vida das empresas e das indústrias em particular tem concorrido para tornar mais difícil a atividade produtora que se mantém a custos exorbitantes em prejuízo do pleno emprego e do desenvolvimento econômico, concorrendo, agora mais que nunca, agravados por conta da pandemia da covid-19 que se instalou no mundo, para o fechamento de empresas e para supressão de postos de trabalho”.