Temos falado neste espaço sobre a necessidade imperante de buscar alternativas para confrontar uma situação de fato, que já não é só um papo de “hippies”. Ao contrário das crenças popularizadas pelo sistema que controla o mundo, a crise planetária está ainda mais acelerada.
Os governos dos países ricos estão buscando opções para reverter quase dois séculos de desenvolvimento da indústria pesada, que alcançou o seu esplendor na segunda metade do século XX. Este “esplendor” foi causa de um deterioro do planeta num período de 50 anos, equivalente há 500 anos de desgaste.
Temos dito que para resolver o problema precisamos de uma mudança na maneira de ver a nossa posição como cidadão do mundo. A nossa responsabilidade desde o nosso atuar cotidiano até o nosso compromisso como indivíduo, parte de uma comunidade global real, que existe além das redes sociais da internet.
Então, não um assunto de concorrência entre sabidos intelectuais, discutindo sobre abstrações teóricas. Se trata de um assunto sério da realidade que ameaça a eco-vida, não só a nossa espécie. Não é só uma ameaça ao sistema econômico mundial e os interesses financeiros das grandes corporações como estão apresentando. Porém, está exigida uma participação nossa mais ativa e protagonista.
Bill Mollison e David Holmgren, dois australianos que em 1978 propuseram um conceito amplo da Permacultura, que expande filosoficamente de um planejamento agrônomo mais ecológico como a “agricultura permanente”, e é dimensionado a “cultura permanente”, com o qual os contextos sociais são incorporados além de uma ampla diversificação dos processos interventores do trabalho humano, fundamentalmente na produção do alimento e no habitat. Já não só no contexto rural, mas também nos contextos urbanos desde uma visão integral de convivência.
Continuaremos…
(*) Poeta e artesão venezuelano. Licenciado em Educação, especializado em Desenvolvimento Cultural pela Universidade “Simón Rodríguez”, Venezuela.
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