Por Luiz Thadeu Nunes (*)
Estou no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, aguardando voo para São Luís, minha querida Ilha do Amor. Após vinte dias viajando por esse mundão de meu Deus, estou retornando para casa.
Para quem optou por ser giramundo, uma vez mais virei o ano, a bordo de uma aeronave, cruzando os céus do mundo. Literalmente comecei 2024 nos ares. Oxalá, seja prenúncio de muitas viagens neste ano bissexto.
O que me encanta em minhas andanças pelo mundo, são as surpreendentes e fascinantes pessoas que Deus coloca no meu caminho. Sou abençoado em atrair gente boa. Nesta trip, visitei três continentes: América do Norte: Nova York; Europa: Amsterdam, Amersfoot e Leusden, Holanda, Munique, Alemanha; e Ásia: Shangai, na China. No caminho de volta fiz pit stop em San Francisco e Nova York.
Na Holanda fui ciceroneado pela jornalista maranhense, escritora e fã de Elvis Presley, Fernanda Martins. Que privilégio privar da amizade e da atenção de Fernanda. Culta, divertida, bom papo, antenada com seu tempo e entorno; nossas conversas foram de muito aprendizado para mim. Regadas a bons vinhos e ótima culinária, viajamos pelo mundo da cultura, da gastronomia e de um mundo novo para mim, o de Elvis. Fernanda é biógrafa diletante de Elvis, paixão adquirida desde seus doze anos. Autora do livro “Taromínio”, escrito em parceria com o irmão Fernando e Dilma, a amiga dos bancos escolares do Colégio Maristas. Fernanda é puro conhecimento, encantamento e divertimento.
Conversar com Fernanda é garantia de boas risadas. Graças à Fernanda conheci Clívia Caracciolo: paraense, alegre, miúda, jornalista, radialista, culinarista. Em uma noite fria de Leusden, nos recebeu para um jantar, onde me entrevistou para um podcast para a Rádio Francesa Internacional, RFI. A entrevista foi ao ar no último domingo e está disponível nas plataformas de streaming. Feliz por ser notícia internacional.
De Amsterdam voei para Shangai, com escala em Munique, Alemanha. Passei quatro dias na fascinante Shangai. Neste tempo, não troquei uma só palavra em português com alguém. Não encontrei um patrício. Minha comunicação com os chineses foi através do Google tradutor, essa maravilha da tecnologia. Acho que os atendentes do hotel Eton, onde me hospedei, nunca riram tanto na vida, de um cara que nada falava em mandarim e/ou inglês. Aliás, na China fiz uso de um idioma que domino em minhas andanças pelo mundo, o “mãodarim”. Se amarrarem minhas mãos, fico mudo.
Como Deus salpica anjos por onde ando, em minha caminhada a esmo no centro comercial de Shangai, eis que surge ao meu lado, em um cruzamento, uma jovem e bela chinesa, perguntando em inglês se precisava de ajuda. “Yes”, disse eu, gastando uma das duas palavras que conheço na língua de William Shakespeare. Como viu que meu inglês não ajudava, Cheng, fez uso do Google tradutor, e nossa conversa fluiu. Interessada em conversar sobre o Brasil, e conhecedora de nossa cultura, disse que era apaixonada por Bossa Nova. Citou João Gilberto, Astrud Gilbert, Sérgio Mendes e Flora Purim, que muitos brasileiros nem sabem quem são. Disse que a mãe dela amava assistir à novela da TV Globo, Escrava Isaura. De enorme sucesso na China, a atriz Lucélia Santos, a protagonista da novela, foi celebridade nacional na China. Cheng gentilmente me acompanhou durante meu périplo, depois chamou um táxi, que me levou ao hotel.
Já de volta, na fila do embarque, no aeroporto de Pudong, em Shangai, avistei um casal. Me aproximei, vi que eram brasileiros. “Que coisa boa é ouvir alguém falando essa língua maravilhosa”, disse-lhe de imediato. Fábio e Érica são dentistas, casados, de Jundiaí, São Paulo. Foi conversa pra mais de metro. Em pouco tempo estávamos falando a linguagem dos viajantes: lugares visitados, próximas viagens, preços de passagens aéreas, gastronomia, passeios, promoção.
Bastante viajados, descobrimos no primeiro momento do encontro, que havíamos comprado as passagens da United, na mesma época, no final de 2019. Que marcamos a viagem para março de 2020. Mas, aí veio a pandemia do coronavírus, e nossas passagens foram suspensas. Só viajamos, em dezembro de 2023, último prazo para não perder as passagens.
O casal me convidou para a Sala VIP do aeroporto, aguardando o voo que nos levaria para San Francisco, EUA. Fiquei em San Francisco; eles seguiram para Washington. Nos reencontramos no aeroporto de Guarulhos, onde registramos nosso encontro em fotografias.
Ando pelo mundo, gosto de ver lugares, culturas, costumes, natureza, culinária, artes, mas o que me fascina são as pessoas que encontro. As pessoas criam em mim memórias, que se eternizam, gerando histórias que narro para os leitores e leitoras, como estas de humanos especiais, que cruzaram o meu caminho nestes vinte dias. Ao cruzar a soleira de casa, em minha volta à Ilha do Amor, só tenho a agradecer ao bom e maravilhoso DEUS, por essas pessoas especiais, que me ajudam a ir cada vez mais longe.
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