O Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Sergipe foi R$ 38,87 bilhões em 2016, o que representa um declínio em volume de 5,2% em relação ao ano anterior. Esses dados foram divulgados hoje, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo diz, ainda, que devido ao agravamento da estiagem, que afetou o setor agropecuário, aliado ao contexto nacional de crise econômica, o estado apresentou, pelo segundo ano consecutivo, queda em todos os setores econômicos. A maior queda foi registrada na Agropecuária (-20,9%), seguida pela indústria (-7,5%) e por serviços (-2,9%).
Na agropecuária, a queda em volume refletiu principalmente o resultado da atividade agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita (-25,7%). A estiagem acentuada intensificou a queda na produção das principais culturas: milho, mandioca, cana-de -açúcar e laranja. Também contribuiu para o resultado do setor, a atividade pecuária, inclusive apoio à pecuária (-14,9%), em que se verificou a redução do efetivo de bovinos, aves e da produção de leite e ovos.
O desempenho da indústria sergipana acompanhou o resultado verificado nacionalmente, já que houve retração de 7,5% em volume do setor. Além da variação em volume negativa, o setor perdeu participação no valor adicionado bruto total da economia do estado, ao sair de 22,7% em 2015 para 20,1% em 2016. A queda em volume de 9,2% em Indústrias extrativas e a perda de 2,2 pontos percentuais de participação em valor na economia do estado, justificam-se pela redução de investimentos no setor e pela desvalorização dos preços de petróleo, respectivamente.
Na indústria de transformação, a redução em volume foi de 6,7%, influenciada pelos segmentos de fabricação de cimento, preparação de couros e fabricação de calçados e pelo segmento têxtil; atividades em que além da redução de produção das fábricas espalhadas pelo estado, houve encerramento das atividades de algumas empresas de porte. Eletricidade e gás, água e esgoto, gestão de resíduos e descontaminação e construção também contribuíram para a queda de produção do setor, ainda que nestes casos tenha havido ganho em valor relativo.
O setor de serviços correspondeu a 75,0% da economia do Sergipe em 2016 (72,2% em 2015). As duas atividades de maior destaque no setor foram comércio e reparação de automóveis e veículos automotores e administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.
Na primeira delas, a entrada de novas redes de “atacarejos”, que combinam vendas de produtos atacados com produtos em varejo, não foi suficiente para amenizar a queda de 11,6% da atividade; o que pode relacionar-se à redução do consumo das famílias no contexto de crise econômica. Já na atividade relacionada à administração pública, houve aumento de 1,7% em volume e a atividade manteve-se como mais participativa no PIB do estado: 28,4% em 2016 (27,8% em 2015) na sua equipe.