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Pimentas produzidas pela baiana Vulcano ganham o mercado de Aracaju

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Que tal experimentar uma Bhut Jolokia, uma Carolina Reaper, Trinidad Scorpion ou  uma Habanero no almoço, no sorvete ou no chocolate? Esses nomes podem ser desconhecidos para quem não  se interessa pelo tema,  mas vai a explicação: esses são os quatro tipos de pimenta que mais ardem e que  podem ser encontrados em  algumas franquias de Aracaju, produzida pela Vulcano, uma empresa especialista nestas plantas de sabor ardido com sede no distrito de Massarandupió, município de Entre Rios, na Bahia.

Pimentas da Vulcano na Grão em Grão

Quem está no comando da Vulcano  há cinco anos é o chef de cozinha Fábio Prado, que vive entre  Aracaju e Massarandupió. Ele conta que mesmo antes de nascer,  já experimentava pimenta, quando sua mãe ainda  o carregava na barriga. Mas comer, de fato, uma pimenta, só aconteceu a partir dos cinco anos de idade e até então,  já com 46, ele continua  degustando e fazendo negócios, que começaram quando ele comprou 10 quilos  de uma senhora e iniciou suas experiências.

“Hoje, trabalho com quatro espécies de pimenta, que estão entre as 10 mais ardidas do mundo”, disse Fábio Prado, responsável pelo plantio de algumas sementes para acompanhamento do desenvolvimento, tempo de vida, sem falar na extração do sumo supra, com base de óleo  vegetal o mais neutro possível.

O sumo da pimenta é vendido em pequenos frascos de 30 ml, que podem ser encontrados, por exemplo na franquia Grão a Grão, na Alameda das Árvores, no bairro Luzia, e outras empresas ligadas à comida em Aracaju. “Nós trabalhamos com embalagem âmbar. Depois de aberto não precisa colocar em geladeira. E é interessante destacar que com o conta pingos posicionado, não precisa tocar na comida e posiciona no ponto que se quer comer com a pimenta”, explica.

Produção

As pimentas da Vulcano em exposição no Grão a Grão

Todo o processo de produção da Vulcano é artesanal, que chega entre 500 a duas mil unidades por mês.  O plano para 2021 é expandir o negócio para todas as lojas da franquia Grão em Grão e outros mercados. “A ideia é estarmos presentes em todos os mercados que trabalham com degustação. Em algumas degustações que fiz, em duas horas vendi 20 unidades. Alguns restaurantes passaram a utilizar nossas pimentas, os clientes gostaram tanto que esses locais passaram a ser, também, pontos de venda”, contou.

Mas não só de pimenta vive o Fábio. Ele é também chef de cozinha e começou a cozinhar aos 16 anos. “Passei 15 anos como autodidata, pesquisando a comida baiana, conhecendo todos os elementos e fui estudar. Como master chef, tenho um espaço gourmet, onde recebo de oito a 12 pessoas para ministrar aulas, faço consultoria, festivais”, afirmou.

E, claro, as pimentas estão no cardápio e, literalmente, na vida de Fábio Prado. Isso porque, às vezes, ele diz que “não come acarajé com pimenta, mas pimenta com acarajé”. No café da manhã, com cuscuz, por exemplo, ele coloca 16 a 17 pimentas. Num sorvete, diz ele, uma pimenta cai bem, assim como no chocolate.

Uma vez, de brincadeira, Fábio comeu um quarto da pimenta Carolina Reaper. “Em dois minutos, eu só transpirava. O leite inocula a pimenta e tomei um copo, mas não deu certo. Tomei o segundo  copo de leite e estabilizou”, lembrou.

 

Conheça os tipos de pimenta  fortes que Fábio trabalha

 

Carolina Reaper – A pimenta mais ardida do mundo, a Carolina Reaper, pode fazer um verdadeiro estrago na sua boca, se não usada com cuidado! Ela é tão violenta que apenas um frutinho desse aí tem uma ardência equivalente a de 22 pimentas malaguetas! Quem garante o título de pimenta mais picante do mundo é o Guinness World Record, que se baseia em testes realizados pela Universidade Winthrop, da Carolina do Sul, ao longo do ano de 2017.

Essa pimenta tem esse nome por um motivo especial. Sabe a personagem da morte, que assombra todas as pessoas com sua capa preta e sua enorme foice? Pois essa pimenta faz alusão a ele mesmo, o Reaper (“Ceifador”, em inglês). Portanto, Carolina Reaper significa “Ceifador da Carolina”, em referência ao estado da Carolina do Sul, onde a pimenta foi criada.

 

Trinidad Scorpion – A pimenta Trinidad Moruga Scorpion, popularmente conhecida apenas como Trinidad Scorpion, tem origem na ilha tropical de Trinidad e Tobago, ao nordeste do Caribe.

Seu nome é uma mistura entre a ilha, seu distrito de origem (Moruga) e sua semelhança física com a cauda em formato de ferrão de escorpião. Ela é a pimenta que apresenta o maior número de sementes, podendo chegar a 80 por fruto.

A segunda pimenta mais ardida do mundo é o principal ingrediente utilizado por indústrias que produzem spray de pimenta nos Estados Unidos. A Trinidad Scorpion ajuda a proporcionar uma experiência gastronômica ímpar quando combinada com cervejas, drinks, massas e caldos.

 

 

Buth Jolokia – Também conhecida como Naga Jolokia, Ghost Chili, Ghost Pepper e Naga Morich, é uma pimenta de origem indiana considerada pelo Guinness World Records a terceira pimenta mais forte do mundo.

O efeito bombástico da pimenta começa na língua. Quando alguém morde a pimenta, ela se rompe e libera a capsaicina, seu composto químico ativo mais importante.  A capsaicina também altera o equilíbrio térmico do corpo, provocando ondas de calor e suor.

 

 


Habanero – Originária no Caribe e da costa norte do México, ela é uma das pimentas mais fortes que se tem conhecimento, possuindo uma picância de grau 10. Sendo assim, isso leva a um cuidado maior na hora do manuseio, para evitar irritações nos olhos e nos dedos.

Os seus frutos têm a forma de um lampião e também podem possuir cores variadas. Quando não estão maduros, eles podem atingir uma cor do verde-escuro ao alaranjado. Quando maduros, podem variar do laranja-avermelhado até o vermelho mais intenso. E, além disso, a pimenta habanero depois de madura pode ter um sabor levemente adocicado, porém, permanece ardida.

 

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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