Após mais de 17 meses de aulas virtuais por causa da pandemia da Covid-19, a Prefeitura de Aracaju retomou o ensino presencial no dia 13 de setembro. Essa retomada foi possível graças ao planejamento e às medidas coordenadas adotadas pela administração municipal para garantir a segurança dos estudantes, professores e dos demais servidores que atuam nas escolas da capital.
A primeira medida para viabilizar o retorno das aulas presenciais foi a inclusão dos professores como grupo prioritário da vacinação contra Covid, no mês de maio. As ações de imunização do público escolar se intensificaram no último dia 4, com o início da vacinação dos adolescentes entre 12 e 17 anos.
Além de garantir a celeridade da vacinação, a Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), estabeleceu uma série de ações coordenadas para o retorno das aulas, com investimentos que ultrapassam R$1,5 milhão de reais revertidos para a adequação estrutural e sanitária das 74 escolas municipais, além da qualificação dos servidores e professores.
A secretária municipal da Educação, Cecília Leite, destaca que o planejamento para a retomada estava sendo feito desde o mês de julho. “Nosso esforço primordial é para que esse retorno fosse seguro. É um compromisso que assumimos com a sociedade, com os pais e com toda a comunidade escolar”, reforça.
Cecília explica que a volta às aulas presenciais foi escalonada e gradativa. “No dia 13, as aulas reiniciaram, mas não todos os alunos todos os dias. Estamos trabalhando por salas de aulas e cada escola, a depender do número de alunos e estrutura que possui, informou quais os dias cada aluno deve ir. Nem todas as crianças entram na escola na mesma hora, para diminuir o fluxo. Não há recreio coletivo e cada turma tem o seu intervalo definido e não pode acontecer aglomeração”, detalha a secretária.
Adequações e proteção dos alunos
Para garantir a retomada das aulas presenciais, a Semed fez adequações em todas as unidades escolares, que agora contam com totens de álcool em gel, tapetes sanitizantes e medidores de temperatura corporal. Além disso, foram instaladas 66 pias em escolas que ainda não possuíam este acessório no refeitório e também foi realizada a avaliação de todas as janelas das unidades de ensino, para verificar o funcionamento e garantir a circulação de ar nas salas de aula.
Para minimizar ao máximo o risco de contágio de alunos e professores, uma equipe técnica da Semed produziu o “Protocolo de Segurança Sanitária Para o Retorno das Atividades Educacionais Presenciais”. O documento está subdividido em seções, que contemplam diretrizes gerais, como organização do espaço, das rotinas, da alimentação e do transporte escolar, além de detalhar orientações às famílias e às pessoas com sintomas e limitação de acesso às unidades de ensino.
Além das medidas adotadas na organização das escolas, a Prefeitura também investiu na proteção dos alunos, com a distribuição de mais de 140 mil kits, que contêm protetores faciais infantis, termômetros clínicos infravermelhos, máscaras, frascos de álcool em gel 70%, garrafas de água e porta-máscaras.
O investimento em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fruto do repasse do Ministério da Saúde, que destinou mais de R$ 500 mil para o Programa Saúde na Escola (PSE), coordenado de forma conjunta pela Semed e pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Ação coletiva
A retomada das aulas presenciais não é realizada de forma arbitrária, os gestores das unidades escolares e os pais dos alunos foram orientados sobre o protocolo e as medidas que precisarão ser seguidas com rigor a fim de garantir que o retorno seja seguro para todos.
Essas orientações foram repassadas em reuniões realizadas com as coordenações e diretorias das escolas, representantes das empresas que prestam serviços nas unidades de ensino municipais, e com os pais dos alunos, que puderam fazer visitas presenciais para conhecer as mudanças estruturais nos espaços das escolas, além de esclarecer dúvidas sobre os protocolos que foram adotados e sobre a utilização dos EPIs.