O governador Jackson Barreto colocou uma pá cal na guerra de vaidades entre os gestores da segurança pública: o ex-secretário Mendonça Prado e o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, que disputavam quem mandava mais. Entraram em rota de colisão e tudo degringolou. Durante a posse do novo comandante da corporação, coronel Marcony Cabral, Jackson disse que quem manda na segurança é o secretário João Batista dos Santos Júnior e o fez isso alertando que somente Jesus Cristo está acima de João. Ou seja, nem ele – pelo menos, em tese – vai querer interferir. Somente cobrar resultados.
A intimação do governador deixa uma lição muito clara: não ofusque o brilho do seu mestre. Esse é o primeiro ensinamento que consta no livro As 48 Leis do Poder, escrito por Robert Greene e Jost Elffers, mas que não foi seguido já se sabe por quem. Ao ver que um erro estratégico causou problemas à segurança pública, Jackson chamou o feito à ordem e disse quem manda em que e em quem. Sem dúvida, uma decisão acertada porque a população não pode ficar à mercê das vaidades alheias. E fez isso, no momento ideal.
Junto com essa exigência, Jackson mandou também que se combata os marginais, pois, eles não podem desmoralizar a Polícia Militar. Não desmoralizar mais, quer dizer. Para não tornar a situação insustentável, não pode o governador ficar apenas no discurso. Ao longo dos anos, só se vê no Brasil – e em Sergipe – a segurança pública como promessa de campanha daquele que ocupa o poder e quer perpetuar-se nele. E os policiais – militares, civis e federais – viram massa de manobra nas mãos de políticos profissionais. Enquanto a segurança continuar sendo política de governo, os marginais seguirão se organizando, montando um poder paralelo e desafiando o Estado. E isso acontece aqui e a polícia sabe disso
No entanto, não basta o governador dar poder a João Batista, porque se as coisas não derem certo, dentro de pouco tempo uma Salomé irá lhe pedir à cabeça, e o governador, tal qual Herodes, para não decepcionar o aliado, não hesitará em dá-la numa bandeja. Para as coisas darem certo, primeiro, o governador não deve fazer promessas, pois será obrigado a cumpri-las, mesmo sendo as mais bizarras. Segundo, tratar a segurança como política de Estado. Ninguém o fez até agora, mas Jackson pode inovar nesse sentido, porque, em seu discurso, deixou animada toda tropa ao dizer que confia no trabalho dela.
A política de Estado na segurança, no entanto, não é somente dar o poder aos policiais, mas trabalhar com ações que dignifiquem todos os servidores públicos e a população. Segurança não pode estar desassociada de salário digno para todos os servidores, uma educação de qualidade, saúde irretocável, saneamento básico, só para citar alguns. Enfim, é primordial que o Estado esteja presente com os seus serviços na periferia, onde reside uma maioria honesta, mas que, lamentavelmente, é obrigada a ter como vizinhos a escória da sociedade.
Será utopia? Evidente que não. É só querer governar para o povo e com ele.
É tudo blá-blá-blá sobre mudança de postura para efetivamente proteger a sociedade.
Senão vejamos:
1- Legalmente falando, a PM e seu Comandante Geral é submisso diretamente ao Governador do estado, e não ao secretário da SSP.
2- Não é segredo, e a sociedade sabe, que o real problema da nossa (in)segurança pública é a frouxidão das nossas leis e a falta de real interesse por parte de alguns membros da SSP em de fato fazer trabalho em conjunto e não mais continuar a USAR a PMSE como meio de promoção própria, em especial visto que é o maior numero de agentes de segurança pública e juntamente por estarem fardados notamos sua presença constante nas RUAS.
3- Há um ré -trabalho sem fim em prender várias e várias vezes o mesmo infrator por descaso Ou por “descuido” jurídico – afinal, os senhores não acham estranho um “cidadão” em conflito com a lei, que não trabalha, não ter patrimônio, nem ser de família abastada, mas ter FREQUENTEMENTE advogado criminal a sua disposição? ? A SOCIEDADE Não acha isso estranho?
4- Em se falando de Brasil, o crime de fato compensa!
Quer um exemplo? Certa vez, um CRIMINOSO realizou um assalto a mão armada, fazendo uso de um revólver, roubando da vítima R$ 6.000,00. Através de imagens do crime foi possível identificar e posteriormente prender o meliante, o qual confessou ao delegado ter “alugado” a arma de fogo por R$ 500,00 e o delegado afiançou sua liberdade em R$ 2.000,00 (através do intermédio do advogado resgatou sua liberdade). Fazendo contas simples notamos que SOBROU dinheiro (e de UM ÚNICO crime!). Quantos outros crimes teria cometido e NÃO FOI RESPONSABILIZADO? Quantas vezes, nós que trabalhamos mês a mês, não temos sobra de salário para fazermos reserva?
Será que o delegado não poderia ter afiançado um valor maior, ao menos para dificultar seu retorno ao seio da sociedade? E esse advogado, afinal de contas, tem compromisso com quem? Com o bem estar da sociedade ou apenas com seu bolso?
Dentre tantos outros exemplos REAIS, que tal refletir sobre isso? Fica aqui o convite. . .