É do físico alemão Albert Einstein, que viveu entre o final do século 19 e meados do século 20 (ele morreu em 1955), uma frase fantástica e sempre atual: “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”. E nós, que perguntas estamos fazendo para ampliarmos o nosso conhecimento, crescer intelectual e espiritualmente, enfim, para movermos o nosso mundo?
Assim como devemos desbastar a nossa pedra bruta de forma incessante, também é importante que sejamos questionadores sempre. Não como rebeldes sem causa, com questionamentos sem sentido, mas com indagações cujas respostas irão modificar o nosso modo de pensar, de agir. E, claro, impactar positivamente a vida das pessoas que nos cercam.
Esta semana, relendo alguns poemas do livro “Histórias em versos – um presente de Deus”, do dileto amigo e Movimento Cultural Antônio Garcia Filho – MAC, Marco Antônio Camilo dos Santos, encontro o poema “Por quê?”. O título por si só já nos chama à reflexão, assim como nos remete à frase de Einstein, já citada.
E “Eis-me, portanto, sozinho na terra”, só para pegar emprestada a frase que inicia a obra “Devaneios de um caminhante solitário”, de Jean-Jacques Rousseau, comecei devanear sobre o poema de Camilo, que nada mais é do que um convite à harmonia, à paz e à concórdia, valores que me são muito caros e acredito ser de muitos outros homens livres e de bons costumes.
Literalmente, o poema de Camilo, por si só, já nos leva a mover o nosso mundo interior. Diz o poeta: “Por que distantes?/ Se podemos ficar juntos”. Ou “por que calar?/ Se podemos dialogar”. E ainda: “Por que não?/ Se podemos dizer sim”. Acredito que em diversos momentos da vida estes questionamentos tomaram conta de todos nós. E cada uma deu a melhor resposta e seguiu a vida.
Para aguçar a curiosidade e fazê-los mergulhar na obra de Camilo, propositadamente não transcrevo o poema inteiro para que descubram não só os outros porquês do poeta, como também reflitam sobre seus próprios “porquês”. Aqueles que seguem escondidos n’alma e não são colocados para fora e você nem sabe o porquê.
Há muitos livros que respondem muitos porquês. Mergulhe neles, redescubra o prazer de ler, do saber, do conhecer. Estudar, buscar o conhecimento em todas os segmentos da sua vida é algo imprescindível para o crescimento do ser humano. Essas descobertas ocorrem durante a caminhada – não necessariamente no ato físico de andar – mas na trajetória da vida. Não há como escaparmos da evolução, pois é um processo natural inerente a todos nós.
Remeto ao aforismo mais famoso da história para um convite.
“Conhece-te a ti mesmo.”
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(*) Antônio Carlos Garcia é jornalista, diretor de Jornalismo do Portal Só Sergipe e mestre maçom da Loja Clodomir Silva.