Ela fala pelos cotovelos, é inquieta e sempre está procurando uma maneira de ajudar alguém. Neste tempo de Covid-19, que em Sergipe já matou quatro pessoas e outras 44 estão infectadas, Joseneide Batista de Souza, 44 anos, intensificou o seu trabalho em prol dos mais carentes. Com as limitações impostas pela pandemia, que recomenda o isolamento social e que as pessoas se mantenham afastadas umas das outras, Joseneide sente falta de um ato que, para ela, é primordial: o abraço. Afinal, como ensina uma canção do Jota Quest, “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”.
Sem abraços, mas com sorrisos, Joseneide segue ajudando. “Como algumas pessoas, devido à idade, não estão podendo sair de casa, coloco sacolas com roupas usadas e outros mantimentos que recebo no carro e as levo para os carentes”, conta. Agora, por exemplo, que muitas diaristas estão sem trabalho, ela vai atrás de doações, faz cestas básicas e as entrega. Cerca de 58 diaristas e as respectivas famílias vêm recebendo ajuda de Joseneide, que no bairro Luzia é conhecida como “Neide da Pastoral”, devido ao seu grande envolvimento em atividades ligadas à Igreja Católica.
Atitudes como essa, de distribuir cesta básica, não são difíceis para Joseneide. “É uma coisa simples de fazer. Mas preciso de colaboradores. Sou desempregada e não tenho condições financeiras. Mas tenho boca para pedir e não tenho vergonha. O não nós já temos. Precisamos buscar o sim”, ensina. Quem quiser apoiá-la e se integrar nessa corrente do bem, ligue para Neide da Pastoral no número 98856-4208 e combine como pode colaborar.
Natural de Pedro Alexandre, Bahia, Joseneide conta que sua mãe já fazia filantropia na cidade, que continua sendo bastante carente, e ela a acompanhava. Ajudar foi algo natural para Joseneide. Depois ela mudou para Aracaju e antes de morar no Luzia residiu em outros bairros e sempre buscava atender os mais carentes da região.
Como a mãe lhe ensinou a importância da caridade, hoje ela repassa esse ensinamento para os quatro filhos (os gêmeos de 14 anos, um rapaz de 20 e uma jovem de 22), que realizam, juntos, trabalho voluntário no Oratório de Bebé, situado na avenida Desembargador Maynard, 1276, no bairro Suiça. Nesse estabelecimento há 65 crianças que neste momento de pandemia estão em casa com as mães que sentem dificuldades para mantê-las, pois a maioria trabalha como diarista. Algumas pessoas que desejam ajudar, podem também fazer suas doações para essas famílias no Oratório, pois os responsáveis pela instituição entregam a essas mãe necessitadas.
Para Joseneide, “a fome é agora e ela não espera. Temos que partilhar, ter solidariedade para que nunca falte. Se você não tem humildade, é um ser humano vazio. A caridade não e só dar dinheiro. É ouvir o outro. Eu acho lindo ouvir, que considero um dos mais bonitos gestos de caridade. As pessoas estão angustiadas. Gosto muito do abraço, mas nestes dias não podemos”, comenta.
“A necessidade existe em toda esquina. O que não pode é deixar de fazer. O amor é o tempero, que faz a diferença. A doação brilha no olhar de quem recebe e reflete no olhar de quem doa”, ensina. “Sobre a gratidão, não podemos deixar de agradecer a Deus, através da oração, todas as graças recebidas e as que são doadas, porque só com Deus somos capazes”, reforça.
Mande seu relato, se possível com foto, para o e-mail: jornalismo@sosergipe.com.br para estimular também outras pessoas a fazerem o bem.
Afinal de contas, o amor é contagioso.
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