Eles ganharam, mas não levaram e isso lhes causa uma terrível indignação. Esse é o sentimento de algumas dezenas de atletas que foram os primeiros colocados em diversas categorias na 32ª edição da Corrida Cidade de São Cristóvão, ocorrida no dia 17 de março passado, diante do calote da Prefeitura Municipal de Aracaju, que não fez os devidos pagamentos. “Estou com raiva mesmo. Só quero meu dinheiro”, desabafa a corredora Adriana Lopes, terceira sergipana mais bem colocada na prova e que já deveria ter recebido R$ 1,2 mil.
“Eu corri lesionada, me esforcei bastante. Ela [a Secretaria Municipal de Juventude e Esporte – Sejesp] fica numa enrolação. Diz que os dados bancários ou de identificação estão errados, a gente manda novamente e continua nos enrolando”, reclamou Adriana Lopes. Para ela, a postura da Prefeitura em não cumprir o acordo revela a falta de respeito com todos os atletas e a desorganização geral que se transformou o evento esportivo. No regulamento, feito pela própria prefeitura está escrito que o pagamento do prêmio aos vencedores ocorreria dentro de 90 dias. Mas o prazo venceu no dia 17 de junho passado.
Terceiro colocado geral entre os 900 atletas, Alan Bezerra ganhou R$ 5 mil, mas até o momento não recebeu nenhum tostão. “E junto comigo tem cerca de 10 ou mais atletas na mesma situação”, lamentou. Na próxima semana, ele vai participar de uma maratona no Rio de Janeiro e está sem dinheiro. “Sou atleta profissional há oito anos. Todo ano é assim, há atraso”, afirmou.
Tamara Ferreira Nunes tem 24 anos e corre há quatro. Ela é empregada doméstica e como corredora venceu em segundo lugar na categoria sergipana e deveria ter recebido R$ 1,4 mil. Segundo ela, a Sejesp, quando procurada, diz que o número da conta está errada. Ou seja, sempre apresenta um problema, mas não tem nada errado”, garante. “Estou me sentindo péssima com isso tudo. Nem sei o que dizer para atitude da Prefeitura de Aracaju”, observa.
O calote não é somente com os atletas sergipanos. Atinge também, os de outros Estados que estão revoltados com a postura da Prefeitura Municipal de Aracaju que chega a dever quantias irrisórias para um ente público. Que o diga o atleta de Maceió (Alagoas), Paulo Machado dos Santos Silva, cujo prêmio é de apenas R$ 200, por ter conquistado o segundo lugar (e oitavo no geral) na categoria de 30 a 34 anos. “Até agora não recebi nada, só me fazem de bobo”, lamenta. Para ele, “a corrida de Aracaju já foi bem melhor, mas hoje está virando uma vergonha, uma bagunça pela falta de organização”.
A corredora alagoana Maria Silvânia Ferreira da Silva, primeira na classificação de 35 a 39 anos, espera por R$ 300. Assim como os demais atletas, Maria Silvânia está indignada com os gestores do município de Aracaju, por entender que eles desrespeitam os atletas quando não pagam o devido. Estes problemas estão mudando para pior a Corrida São Cristóvão-Aracaju. Ouça o desabafo de Maria Silvânia:
A Sejesp informou, através de nota, na sexta-feira, 17, que “o pagamento das premiações da 32ª edição da Corrida Cidade de Aracaju já foi depositado nas contas informadas pelos corredores, porém, existem alguns atletas que não informaram seus dados corretamente”. A nota diz, ainda, que a Sejesp “solicita que estas pessoas procurem a sede do órgão, localizada na Avenida Gonçalo Prado Rolemberg, nº 1145, Centro, ou pelo número (79) 3211- 9124, no prazo máximo de 60 dias para regularizar a situação”.
A assessoria de imprensa da Sejesp acredita que até segunda-feira alguns atletas terão os pagamentos depositados nas respectivas contas bancárias, mas não sabe informar exatamente o número total deles. A Sejesp insiste que os atletas erraram nos dados, mas estes garantem que há uma enrolação da Prefeitura de Aracaju. Com erros ou não, o fato é que alguns deles lutam para receber míseros R$ 200 ou R$ 300.
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