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“Eu, se fosse o gestor, não anularia a licitação. Lembro que a prefeita disse que poderia até não anular, mas ela fez isso quando já havia dois vencedores”, frisou. “Ela aproveitava o processo, batia o martelo, reduzia a tarifa, fazia uns ajustes para diminuir o impacto no bolso do trabalhador, e deixava a população com ônibus novos”, completou.
“A categoria quer ser amparada, quer emprego melhor. Já estava certo que o grupo Nossa Senhora Aparecida ia contratar cerca de mil funcionários. Ia encaixar quem não era associado, o associado e o desempregado”, afirmou.
As vencedoras da licitação, as empresas Atalaia e Nossa Senhora Aparecida, disseram que acionarão a Justiça, contra a decisão de Emília Corrêa, pois estavam fazendo investimentos. Vale destacar que em novembro de 2024, a juíza Christina Machado de Sales e Silva determinou a suspensão do processo licitatório, destacando falhas em critérios como clareza atuarial. Já o Tribunal de Contas orientou pela nulidade da licitação.
Crítica
Além de não acreditar que dentro de seis meses haverá uma nova licitação do transporte coletivo, Miguel Belarmino também criticou a prefeita por ter dado um prazo de 60 dias para as empresas atualizarem salários dos trabalhadores. “Tem empresa atrasando salários há 12 anos e somente um milagre vai fazer com que tudo seja resolvido em dois meses. Não sei o que a prefeita está querendo fazer”, pontuou.
Durante todo o processo licitatório, iniciado na gestão do então prefeito Edvaldo Nogueira, o Sinttra não foi convidado para colaborar, dar opinião. “Nunca fomos consultados. Edvaldo, para mim, foi o pior prefeito do mundo, pois não ouvia o povo, não ouvia a categoria e fazia o que vinha na cabeça dele. Pedi várias vezes a ele para tomar providências contra as empresas que atrasam salários, mas ele não fazia nada”, criticou.
Na atual gestão, Miguel Belarmino ainda não conversou com ninguém. “Nunca conversei com a prefeita Emília Corrêa. Falei com Ricardo, quando era vereador, pois ele sempre estava nos procurando para tratar do transporte coletivo. Acho que o Sinttra pode dar uma contribuição importante”, destacou.
