Priscila Felizola, superintendente eleita do Sebrae: “Pretendo focar na promoção do empreendedorismo como gerador de renda”

Depois de 31 anos de existência em Sergipe, o Sebrae sairá do mando masculino e será dirigido por uma mulher. No dia 3 de janeiro de 2023, uma terça-feira, a advogada Priscila Felizola, tomará posse como superintendente da instituição. Ela concorreu com o empresário Alex Garcez, da Fecomércio, venceu por 10×4, e dirigirá o Sebrae até a próxima Copa do Mundo, em 2026.

“Sinto-me honrada por ter a oportunidade de, junto com a diretoria eleita, efetuar a gestão desta importante instituição para o Estado de Sergipe para os próximos quatro anos”, afirmou. Quando assumir a superintendência, ela pretende “focar na promoção do empreendedorismo como gerador de renda”.

Advogada e com uma atuação profissional de 20 anos em diversas funções e cargos, Priscila, filha do governador Belivaldo Chagas, foi diretora regional do Senac, de 2019 até julho deste ano, quando pediu demissão, concomitante com o deputado federal Laércio Oliveira, ex-presidente do Sistema Fecomércio, que abriga o Senac e o Sesc.

“Ao longo da minha carreira profissional, especialmente no Senac, adquiri experiência para efetuar a gestão dos recursos financeiros, do quadro de pessoal, do fornecimento dos insumos e materiais pedagógicos”, afirmou a futura superintendente do Sebrae.

Ela vai dirigir a instituição com Brenno Barreto, reconduzido ao cargo de diretor técnico;  Raymundo Almeida Neto, será diretor administrativo de financeiro, e Ivan Sobral que será presidente do Conselho Deliberativo.

Esta semana, Priscila Felizola, 37 anos, conversou com o Só Sergipe, e afirmou que quer reforçar os escritórios regionais do Sebrae no interior do Estado.

Confira.

SÓ SERGIPE – Como foram as conversas que culminaram na escolha do seu nome para ser uma das candidatas a disputar a superintendência do Sebrae?

PRISCILA FELIZOLA – O convite para compor a chapa nas eleições do Sebrae-SE é fruto da minha gestão no Senac, que faz parte do Sistema S.

SÓ SERGIPE – O fato de a senhora ser filha do governador Belivaldo Chagas foi um ponto favorável na sua escolha?

PRISCILA FELIZOLA –  Atuo profissionalmente há cerca de 20 anos, em diversas funções e cargos. Em 2019, tive a oportunidade de assumir a direção regional do Senac, que faz parte do Sistema S, junto com o Sebrae e outras entidades. Minha gestão no Senac Sergipe sempre foi bem avaliada pelos órgãos de controle e o Departamento Nacional. Estive focada em atender a missão da instituição, com uma gestão comprometida nos resultados, clara e transparente. Esse foi o motivo pelo qual fui convidada a participar da eleição no Sebrae.

SÓ SERGIPE – Desde 1991 quando o Sebrae passou a existir em Sergipe, a superintendência sempre foi exercida por homens. Agora, a senhora será a primeira mulher neste cargo. Como se sente?

PRISCILA FELIZOLA – Sinto-me honrada por ter a oportunidade de, junto com a diretoria eleita, efetuar a gestão desta importante instituição para o Estado de Sergipe para os próximos quatro anos. Trabalharei como sempre com compromisso, seriedade, focada em atender a missão e os objetivos estratégicos do Sebrae.

SÓ SERGIPE – De que forma a experiência como diretora regional do Senac, de janeiro de 2019 a julho deste ano, vai contribuir na sua gestão no Sebrae?

PRISCILA FELIZOLA – Administrei o Senac, que é uma escola de educação profissional de âmbito regional e nacional, por quatro anos. O Senac Regional de Sergipe tem em média 12 mil alunos matriculados por ano, sete escolas e um grande quadro de pessoal. Quando estive lá, inovei os processos administrativos e pedagógicos e a gestão de pessoas. Ampliei as parcerias, entreguei novas unidades e reformei outras, já devidamente equipadas e modernizadas.

Ao longo da minha carreira profissional, especialmente no Senac, adquiri experiência para efetuar a gestão dos recursos financeiros, do quadro de pessoal, do fornecimento dos insumos e materiais pedagógicos, na manutenção e funcionamento dos prédios e equipamentos, sempre com foco nos controles e processos de gestão.

Fiz uma gestão considerada de ótimo nível. Tudo isso contribui para ampliar a minha experiência e compreender bem o funcionamento das Entidades do Sistema S, como o Sebrae.

SÓ SERGIPE – No início da semana, a senhora declarou que “todos têm que caminhar juntos pelo fortalecimento da instituição em nosso Estado”. De que forma a senhora vai trabalhar para este fortalecimento?

PRISCILA FELIZOLA – O Sebrae estará presente nos conselhos, fóruns, grupos de trabalhos e outros coletivos que tenham foco em ações e programas integrados, com o intuito de ampliar e fortalecer parcerias e ações conjuntas com as entidades empresariais, sociais, públicas e privadas, ampliando o empreendedorismo. E na melhoria do ambiente de negócios de microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas. A ação conjunta e coordenada entre entidades públicas e privadas é de fundamental importância para o desenvolvimento do nosso Estado.

SÓ SERGIPE – Quais os principais pontos que a senhora vai focar no Sebrae durante sua administração.

PRISCILA FELIZOLA – Pretendo focar na promoção do empreendedorismo como gerador de renda; desenvolver a competitividade e a produtividade dos pequenos negócios; incrementar a participação dos pequenos negócios na economia e apoiar as políticas públicas ligadas à missão do Sebrae.

Em termos de estrutura administrativa, pretendo reformar a atual sede, bem como modernizar os escritórios regionais. Manter o quadro de pessoal e consultores motivados e capacitados, focados na missão do Sebrae. E realizar os projetos e programas planejados no orçamento de 2023.

SÓ SERGIPE – O Sebrae tem um papel importante no empreendedorismo sergipano e está presente no Estado através de cinco regionais. Há possibilidade de ampliar o número de escritórios ou os que existem são suficientes?

PRISCILA FELIZOLA – O Sebrae tem hoje escritórios regionais em Propriá, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Estância e Lagarto, com o objetivo de atender os 75 municípios sergipanos, com ações presencias e virtuais por todo o Estado. Neste momento, faremos a avaliação desta cobertura, para depois definirmos se há necessidade de ampliar o número de escritórios regionais. Nosso objetivo agora é o de fortalecer os atuais.