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Programação artística do Bazayó destaca pluralidade cultural dos povos de terreiro

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Pluralidade é o conceito que norteará a programação cultural e artística da 3ª edição Bazayó, evento que mobiliza a economia criativa e enfatiza o empreendedorismo, com destaque para a cultura negra e as manifestações dos povos de terreiro. A edição deste ano será realizada no próximo sábado, 4, a partir das 14h, na área externa do Museu da Gente Sergipana.

A programação cultural começará às 14h, com a animação da DJ Lôra, seguido pela performance vibrante do MC Pardal, às 16h. Às 16h30, ocorrerá a homenagem a Oxum, acompanhada do espetáculo “Águas que Correm do Rio”, ambos apresentados pela bailarina Luara Taysa.

Em seguida, às 17h, Michelle Pereira e Edwin Gomes conduzirão o Akorin Itan, uma sessão de contação de histórias africanas, seguida pela apresentação de dança afro, também com Michelle Pereira, às 17h30. O Afoxé Di Preto sobe ao palco às 18h, encerrando a programação cultural com muita música e animação. Esta diversificada programação cultural promete uma tarde memorável, repleta de arte, cultura e celebração da herança africana.

Diversidade cultural

Luara Thaysa

Luara Taysa conta que, ao receber o convite para integrar a programação cultural do Bazayó, elaborou um solo de dança, apresentando sua visão pessoal sobre a orixá das águas doces, aproveitando o cenário do Rio Sergipe. “A coreografia foi inspirada na minha conexão com Oxum, pensada para apresentar como é ser uma filha dela no pensar, no agir, na vida. Será uma grande alegria levar meu trabalho para o Bazayó, pois é um evento de extrema importância tanto para a comunidade de matriz africana, quanto para os pequenos empreendedores. É um evento que se fortalece a cada ano e que precisa cada vez mais ser reconhecido pela comunidade sergipana”, comenta a bailarina.

A bailarina e professora Michelle Pereira levará ao Bazayó duas importantes manifestações da ancestralidade africana: a dança e a contação de histórias. “O Akorin Itan é um projeto novo, realizado em parceria com Edwin Gomes, que foi idealizado para o público infantil, mas que conquista pessoas de todas as idades. O Bazayó é um espaço aberto onde os artistas e empreendedores de terreiro podem apresentar seus trabalhos para várias pessoas, fortalecendo nossa comunidade e possibilitando que outras pessoas possam conhecer nossa arte e nossa cultura”, enfatiza.

O MC Pardal comenta que o Bazayó é uma iniciativa fundamental, porque fomenta manifestações que muitas vezes são excluídas da estrutura social. “O Bazayó impulsiona um movimento circular de aquecer a economia, juntando a arte e o empreendedorismo, mostrando para a sociedade como as comunidades de terreiro contribuem para a formação cultural, política e econômica da sociedade”, considera.

Para o vocalista do Afoxé Di Preto, Allan D’Xangô, o Bazayó é uma iniciativa baseada na coletividade que expande oportunidades. “É um evento que cria uma rede que reúne pessoas iniciadas ou não no Axé, mobilizando a cultura, a economia e celebrando o nosso sagrado, para que possamos quebrar preconceitos, mostrando como nossa religião nos dá possibilidades e oportunidades de sermos cada vez melhores”, afirma.

O Bazayó tem apoio do Instituto Banese e do Museu da Gente Sergipana e é realizado para arrecadar fundos para a Associação Cultural Ilê Axé Alarokê Babá Ajagunã, que é a face pública da comunidade tradicional de matriz africana de mesmo nome, localizada no município de São Cristóvão (SE), há 11 anos. O Alarokê é liderado pelo babalorixá Juracy Junior.

Confira os horários das apresentações:

14h – DJ Lôra
16h – MC Pardal
16h30 – Homenagem a Oxum e espetáculo “Águas que Correm do Rio”
17h – Akorin Itan (contação de histórias africanas)
17h30 – Dança Afro
18h – Afoxé Di Preto

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