Um ex-presidente preso, um ex-militar controverso e uma ex-ministra que só ressurge das matas amazônicas de quatro em quatro anos lideram uma pesquisa sobre as eleições presidenciais feita pelo Instituto Datafolha e divulgada no ultimo domingo, 15. Evidente que em segundo plano há outros nomes citados na pesquisa. Mas parece algo tão pobre, tão pobre, que fica a pergunta: serão essas as únicas opções que restam para o eleitorado brasileiro em 2018?
Tem gente que nem sequer foi citada na pesquisa por conta a ínfima preferência do eleitorado, mas, discretamente já colocou o bloco na rua dizendo que vai fazer a diferença caso seja eleito. O pior é que esse discurso é uníssono: todos os iguais querem ser diferentes, mas quando chegam ao poder se corrompem e no final uma lava jato qualquer passará a fazer parte da vida deles. E como no Brasil há uma Justiça célere para uns e lenta para outros, aguarde as injustiças. Afinal, a Justiça por aqui é letárgica para os amigos que esperam pela prescrição do crime e saem impunes, mas célere para os inimigos (e são raros, na esfera política), onde são impostos os rigores da lei.
Só para deixar o leitor situado quanto à pesquisa, o ex-presidente Lula lidera com 31% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, PSL, com 15% e pela Marina Silva, da Rede, com 10%. No quarto lugar, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa surge com 8%; depois vem o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, carinhosamente chamado de Picolé de Chuchu, com 6% das intenções; Ciro Gomes, PDT, 5% e o senador Álvaro Dias, do partido de nome esquisito, o Podemos, com 3%.
Com exceção do ex-ministro Joaquim Barbosa, quem não está complicado na Justiça?
Entre os políticos profissionais não se salva ninguém. E é só isso que temos?