Entrevista

Rodrigo Sant’Ana, diretor comercial da (re)energisa: “Sergipe é um mercado prioritário para nós”

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Está aberto um novo cenário para a comercialização de energia, para aqueles clientes que desejam sair do mercado cativo para aproveitar o momento e economizar. Isso será possível através do mercado livre, em vigor desde 1º de janeiro deste ano, que vai permitir que consumidores de energia em alta e média tensão tenham a possibilidade de escolher seu fornecedor de energia, e com a flexibilidade de negociar preços, proporcionando-lhes economia de até 30% na conta.

Para explicar como funciona o mercado livre, esteve em Aracaju, essa semana, o diretor do comercial da (re)energisa, Rodrigo Sant’Ana. “A (re)energisa é um ecossistema que cuida dos serviços não regulados do grupo Energisa”, disse Sant’Ana, acrescentando que é uma marca nacional que atende empresas de todos os portes na cidade e no campo, com produtos e serviços personalizados em geração distribuída por meio de fontes renováveis, comercialização de energia no mercado livre e serviços de valor agregado.

Sealba Show
Rodrigo Sant’Ana visitou empresas sergipanas e, na sexta-feira, esteve na Sealba Show, que acontece em Itabaiana, mostrando “soluções para o mercado livre e serviços de valor agregado para consumidores que desejam otimizar custos e garantir eficiência energética no setor agropecuário”.De acordo com Sant’Ana, dados públicos de dezembro do ano passado, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), mostram que 107 clientes sergipanos estão interessados em se movimentar para o mercado livre, não necessariamente com a (re)energisa. “Então, entendemos que aqui tem um potencial muito grande. É um Estado que está crescendo, Aracaju é uma cidade pujante. Cheguei em Aracaju e estou vendo turismo, organização, e conversando com empresários locais”, afirmou.

Dados da Aneel revelam, também, que o mercado livre será uma realidade, em breve, para os 14.345 consumidores que já solicitaram a migração para esse mercado em 2024. Esse volume representa quase 20% do total de consumidores do chamado grupo A (alta e média tensão), estimado em 72 mil pela Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE).

“Nosso objetivo é apresentar a empresários que desejam migrar para o mercado livre um universo de soluções e facilidades que irão reduzir seus custos em energia com soluções sustentáveis”, afirma Rodrigo Sant’Ana. “Queremos ser a melhor opção para os clientes, com soluções no conceito one stop shop, com produtos diferenciados e a mesma credibilidade e qualidade que oferecemos ao longo do tempo de atuação no setor”, ressaltou Sant’Ana, que esta semana conversou com o Só Sergipe, no Espaço Energia, no bairro Farolândia.

 

SÓ SERGIPE – Qual a função da empresa (re)energisa?

RODRIGO SANT’ANA – Ela é um ecossistema que cuida dos serviços não regulados do grupo. Ou seja, oferecemos soluções para fortalecer, acompanhar e direcionar os clientes na transição energética. Temos geração de energia, fornecimento de energia, soluções para clientes de todos os portes. Nós conversamos aqui em Aracaju sobre o mercado livre. Estamos exatamente no mês de abertura do mercado livre para mais clientes.

SÓ SERGIPE – E o que é o mercado livre?

RODRIGO SANT’ANA – O mercado livre surgiu nos idos de 2000 para clientes eletrointensivos, ou seja, que têm uma conta muita alta, como indústrias, usinas. E agora em janeiro, o governo foi flexibilizando essa regra, esse limite, e todos os clientes que estão no grupo A, ou seja, que têm uma demanda contratada, estão aptos a conversar com uma empresa. E qual é essa empresa?  Tem que ser uma comercializadora, e um dos pilares da Energisa, e ter uma comercializadora mais antiga do país, com 20 anos. Trabalhamos com energia no mercado futuro.  É muito importante ter uma estrutura e um corpo técnico que compre no melhor momento, também é importante que consigamos comercializar e atender da melhor forma. E não é só isso. A gente comercializa a energia que é gerada por algum player e nós fazemos a gestão para o cliente, pois temos que analisar qual o perfil de consumo, como, quando e onde ele utiliza para oferecer a melhor solução em fornecimento de energia. O mercado livre é uma forma de comercialização de uma geração de energia, que não é da distribuidora que, normalmente, os clientes adquirem.

Rodrigo com jornalistas no Espaço Energia, na Farolândia

SÓ SERGIPE – Quando o senhor fala em cliente que pode aderir ao mercado livre, ele tem que ter uma conta mensal de quanto? Por ser R$ 10 mil?

RODRIGO SANT’ANA – Nós falamos que em torno de R$ 8 mil a R$ 10 mil é uma boa colocação. Uma conta de R$ 8 mil a R$ 10 mil é um cliente que tem perfil para migrar para o mercado livre. Antes tinha que ter uma conta acima de R$ 50 mil a R$ 60 mil mensais para poder migrar.  Agora, a partir de janeiro, ele pode fazer essa migração, mas tem que prestar a atenção porque tem algumas regras, a exemplo da data de aniversário com a respectiva distribuidora, pois, quando vence o contrato, ele tem que fazer uma carta chamada carta denúncia, depois são 180 dias para fazer essa migração. Por que é importante saber escolher com quem vai trabalhar? Porque tem uma série de regras para você ir ou quiser voltar.

SÓ SERGIPE – O que o empresário que deseja aderir ao mercado livre dever fazer? Quem ele deve procurar? A Energisa?

RODRIGO SANT’ANA –   Veja, nós somos do Grupo Energisa, mas temos a separação.  Eu não tenha acesso às informações da Energisa. A (re)energisa, que é outra empresa, um outro ecossistema, usa a marca da Energisa, uma empresa de 119 anos de capital nacional, e isso é muito importante para trazer credibilidade, expertise. Voltando à sua pergunta, como fazer? Nós vamos ter colaboradores próprios e terceirizados comercializando. Você também pode entrar no site www.reenergisa.com.br  e vai ter toda orientação; solicita sua conta, faz análise e informa tudo. Lembrando quer  (Re)Energisa é revolucionar, revitalizar, renovar.

SÓ SERGIPE – O senhor está apresentando o mercado livre para todo o país e qual a sua expectativa para o mercado sergipano?

RODRIGO SANT’ANA – Muito importante e interessante. Porque nós, enquanto Grupo, temos a distribuição em nove áreas do Brasil.  E a (re)energisa atua em 97% do território nacional. Temos estudos que definem quais mercados têm potencial; e Sergipe é um prioritário para nós. Dados públicos do final de dezembro, da Aneel, informam que temos 107 clientes interessados em se movimentar para o mercado livre, não necessariamente com a (re)energisa. Então, entendemos que aqui tem um potencial muito grande. É um Estado que está crescendo, uma cidade pujante. Cheguei em Aracaju e estou vendo turismo, organização e, conversando com empresários locais.

SÓ SERGIPE – Qual a vantagem do empresário da adesão ao mercado livre? 

RODRIGO SANT’ANA – Tem algumas principais, mas eu destaco duas: Energia renovável, porque é muito importante isso, pois tem segmentos que você não consegue vender. E a outra é a financeira, você tem um desconto da tarifa que você paga na distribuidora local.

SÓ SERGIPE – E para o consumidor final, que paga uma conta mensal de R$ 300,00 ou R$ 400,00 tem vantagem para ele?

RODRIGO SANT’ANA – Neste momento, cliente pessoa física, de baixa tensão, que tem um consumo normal para uma casa, ainda não pode aderir. Não vamos vender energia para uma comercializadora para ela revender. Não é isso. Nós, clientes de residência, ainda não temos essa possibilidade, de comprar energia no mercado livre. Ele vem se abrindo desde o ano 2000 e o setor todo espera a abertura para todos, para o cliente de baixa tensão, deve acontecer entre 2026 a 2028, mas isso depende de legislação. Não é algo que depende do setor de energia por si só.

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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