Entrevista

Secretário da Fazenda de Aracaju, Jeferson Passos explica impactos econômicos do Projeto Verão 2023

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Em 2023, o Projeto Verão retorna ao calendário de eventos da capital sergipana e será realizado nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro a partir de uma parceria entre a Prefeitura de Aracaju e Governo de Sergipe. A programação conta com diversas apresentações musicais dos mais variados estilos, além de eventos culturais e esportivos, simultaneamente. Nesta entrevista, o secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos, explica qual o impacto do festival para a economia do município e como isso reflete na cidade como um todo.

SÓ SERGIPE – De que forma o Projeto Verão 2023 fomenta a economia local?

JEFERSON PASSOS – A gente precisa entender o projeto geral olhando para o aspecto econômico e os impactos neste viés dentro da cidade. O evento em si é como um uma peça de uma engrenagem, de um conjunto de reações induzidas ao longo do ano. Na realidade, o Projeto Verão é um evento cultural, esportivo que movimenta diversos setores da cidade. Do ponto de vista econômico ele é um indutor de pessoas pela questão turística, movimenta diversos elos da cadeia econômica, hotéis, bares, restaurantes, comércio, a prestação de serviço ligada diretamente à realização do evento e também ao seu redor.

SÓ SERGIPE – O Projeto Verão, depois do Réveillon, é o primeiro grande evento realizado na cidade em 2023. No sentido econômico, como um festival desse porte, sendo o primeiro, reflete ao longo do ano?

JEFERSON PASSOS – Ao movimentar a atividade econômica, o Projeto Verão acaba contribuindo, inclusive, para a própria arrecadação, mas a gente tem que, inicialmente, olhar que, ao longo do ano, tem um conjunto de evento. Então ele também tem um papel de consolidar a imagem de Aracaju como uma capital, como uma cidade que tem expertise na realização de eventos que são reconhecidos pela qualidade, pela organização, pela segurança. Ajuda a consolidar não só eventos públicos como também os privados, como o Pré-Caju e, ainda, eventos esportivos e até acadêmicos porque coopera pela visibilidade da capital sergipana como um destino atrativo.

Cordel do Fogo Encantado   Foto: André Moreira/PMA

SÓ SERGIPE – Como  é planejado um evento desse porte pelo setor público?

JEFERSON PASSOS –  A organização do evento começa quando da elaboração da proposta de lei orçamentária, então, a Lei Orçamentária de Aracaju para 2023 foi aprovada em 2022 pela Câmara de Vereadores já tendo isto em vista. No entanto, essa começou a ser preparada em abril de 2022, quando finalizamos a primeira estimativa de receita e despesa para a Lei de Diretrizes Orçamentárias, então existe um planejamento de, mais ou menos, um ano antes para garantir que, pelos menos, no orçamento, esteja alocada a previsão de realização desses eventos.

Na sequência, vem o planejamento financeiro, porque orçamento é uma peça estimativa, em que prevemos arrecadar um determinado valor e tem como limite de despesas, como limite de gasto, aquela previsão de receita, e temos que fazer isso acontecer, justamente a partir de um trabalho de arrecadação, de garantir que as receitas previstas no orçamento se realizem, de acompanhamento e controle das receitas transferidas pelo Governo Federal, pelo Estado. Assim, fazemos um planejamento financeiro e a reserva financeira para os recursos necessários. Neste aspecto, o IPTU é extremamente importante porque os recursos arrecadados são utilizados, ao longo do ano, também, para auxiliar na execução de eventos como esse.

SÓ SERGIPE – De que forma o aumento da atividade econômica, diretamente relacionada à realização desse evento, se converte em benefícios para o município?

JEFERSON PASSOS – O aumento da atividade econômica implica no aumento de renda das pessoas. De forma bastante simplória, uma pessoa que trabalhou num evento como o Projeto Verão, vendendo comida, por exemplo, conseguiu um dinheiro extra, uma renda, e essa renda vai se transformar, invariavelmente, em consumo de outros bens e serviços. Então, ela compra alimentos, compra roupas, consome um serviço, faz um corte no cabelo, paga a mensalidade da escola do filho ou utiliza um serviço de saúde, ela está gerando imposto para o município. Quando ela adquire um bem material, por exemplo, isso se transforma em ICMS e este imposto vai direto para o Estado, mas 25% dele retorna para o município e, por sua vez, o município devolve à população em serviços, obras, enfim, uma gama de ações para melhorar a vida da população.

SÓ SERGIPE – De que forma foi construída a parceria administrativa com o Governo de Sergipe para a realização do Projeto Verão 2023 e o que isso acrescenta ao evento?

JEFERSON PASSOS – Agora em 2023 a gente tem um uma novidade na realização do Projeto Verão que é a parceria com o Governo do Estado, que é um correalizador do evento esse ano aqui em Aracaju e vai alocar recursos, vai contratar artistas e isso vai permitir que o evento se torne ainda maior que antes. Teremos mais artistas, uma estrutura maior mais atividades. E isso é propiciado por essa relação harmoniosa entre a Prefeitura de Aracaju e o Governo de Sergipe.

 

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