O Seminário 1 Ano de Lei do Gás, realizado nesta segunda-feira (11), foi marcada pela realização de paineis com a presença de especialistas. O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), contribuiu com o debate, apresentando o ponto de vista do Estado sobre o marco legal.
A Sedetec foi representada por seu superintendente-executivo, Marcelo Menezes, que participou do primeiro painel do dia, intitulado “Experiências legislativas e de Sergipe da Nova Lei do Gás”. No debate, o superintendente esteve ao lado do deputado federal Laércio Oliveira, relator da Lei do Gás, e do gerente-executivo de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcos Borges. Durante sua exposição, Marcelo Menezes destacou o esforço de modernização da legislação sergipana para adequar-se à nova lei e à política federal.
O deputado Laércio Oliveira, por sua vez, citou o processo de tramitação da Lei até sua aprovação e comentou sobre o trabalho desenvolvido à frente da relatoria. “A tramitação do projeto da Lei do Gás passou por diversas etapas. Durante todo o tempo, procuramos manter as portas abertas para que todos trouxessem suas demandas de forma legítima. A Lei do Gás foi uma das relatorias mais importantes que assumi, junto com a lei da terceirização e a reforma trabalhista”, comentou.
De acordo com Marcos Borges, a Lei do Gás é um tema acompanhado pela CNI com grande atenção e há muito tempo. “A CNI tenta ajudar os diversos setores a tentar aprovar os temas mais importantes, e quem faz a agenda é a base industrial. Em 2020 e 2021, o projeto da Lei do Gás foi Pauta Mínima da Indústria, defendido como prioritário para a retomada do crescimento no pós-pandemia. Me orgulha estar aqui com um setor tão determinado, e espero que a CNI seja sempre demandada nesse processo”, destacou.
A programação prosseguiu com o painel “Agenda pós-Lei do gás – Principais Desafios”. Participaram do debate o professor do Instituto de Economia da UFRJ e pesquisador do Instituto de Energia (IEPUC), Edmar Almeida; o secretário-executivo da ABPIP, Anabal Santos Júnior; o presidente da ABRACE, Paulo Pedrosa; o presidente da ATGás, Rogério Manso; o coordenador geral do Fórum do Gás e vice-presidente de estratégia e comunicação da Abraceel, Bernardo Sicsú; a diretora-executiva de gás natural do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Sylvie D’Apote, e o superintendente da ABIVIDRO e representante da União pela Energia, Lucien Belmonte.
O pesquisador da IEPUC elencou os principais desafios para o Brasil em relação à Lei do Gás. “A experiência internacional mostra que o processo de abertura leva tempo para ser implantado. Na Europa, durou nove anos. E o caminho percorrido no Brasil pode ser mais rápido se aprendermos com a experiência internacional, pois a Lei do Gás conseguiu libertar a concorrência. Precisamos implementar a agenda regulatória, reduzir a concentração das barreiras à entrada de novos fornecedores e promover a diversidade de oferta de gás natural” resumiu Edmar Almeida.
O seminário conta com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Sedetec, e é uma realização da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGÁS), do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), do União pela Energia e do Fórum do Gás. O evento marca a comemoração da sanção da Lei Nº 14.134, em 8 de abril de 2021.
Na primeira parte da programação, durante o turno da manhã, o evento contou com a participação do secretário da Sedetec, José Augusto Carvalho, além do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na ocasião, foi entregue uma carta aberta das associações contendo as principais conquistas pós-lei e os próximos passos para a abertura de mercado.
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