O Grande Oriente do Brasil Sergipe (GOB-SE) promoveu, neste final de semana, um Seminário Maçônico, cuja abertura ocorreu na sexta-feira, 3, à noite, no auditório da Biblioteca Epifânio Dória, com palestra, apresentação do Coral Canto Fraterno, e lançamento do livro “A Maçonaria para Todos”, organizado por Valtênio Paes de Oliveira, atual presidente da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras. O seminário marca os 32 anos de fundação GOB-SE – 3 de dezembro de 1989.
A solenidade foi aberta com a saudação do grão-mestre estadual do GOB-SE, Claírton de Santana, que falou sobre sua alegria da realização do evento, depois de um longo período somente com atividades não presenciais, em virtude da pandemia de Covid-19. Ele ressaltou o trabalho do secretário estadual de Educação e Cultura do GOB-SE, Marcus Éverson Santos, responsável pela organização do seminário.
Em seguida, houve a apresentação do Coral Canto Fraterno, da Maçonaria sergipana, em sua primeira atividade pública desde o início da Covid-19, e depois a palestra de Antônio Neto, venerável da Loja Estrela de Davi, que abordou “A Maçonaria do século XXI: desafios e oportunidades”.
O livro lançado “Maçonaria para todos” é uma coletânea de 35 artigos escritos por 25 maçons. “Por ser eclética e plural em seus princípios, a Ordem Maçônica abriga em seus quadros quaisquer integrantes de todas as correntes de pensamento espiritual e científico sem fazer distinção. Esta obra vem corroborar com este entendimento ao publicar, sem retoques ideológicos, científicos, culturais e religiosos, reflexões de alguns dos seus componentes”, diz a apresentação do livro.
O seminário prosseguiu na manhã deste sábado, 4, desta vez, na Loja Maçônica Tiradentes, no bairro Ponto Novo, com três palestras exclusivas para os maçons: “De operativa a especulativa: apontamentos sobre a derrocada da Paideia Maçônica”, cujo palestrante foi professor-doutor Marcus Éverson Santos; “Astronomia Dissecada”, do professor doutor Jorge Gonçalves; e “Decifrando os enigmas do Sagrado Arco Real”, sob a responsabilidade do professor Rocelito Paulo Pinto.
Para o professor doutor e organizador do seminário, Marcus Éverson, “esse evento significa um momento de retomada. Nós passamos por uma pandemia e praticamente a Maçonaria ficou utilizando os recursos que a internet disponibilizava para as reuniões. Conhecemos maçons do Brasil inteiro, ouvimos palestras, mas, agora, com o arrefecimento da pandemia, o plano era voltar as atividades presenciais”.
Marcus Éverson ressaltou que a escolha do local para a abertura do seminário foi icônico, pois Epifânio Dória foi maçom. Ele foi iniciado na Loja Simbólica Cotinguiba em 8 de maio de 1920 e por duas vezes foi venerável da loja – entre 1926 e 1927 e entre 1930 e 1931. Epifânio foi bibliografo, jornalista e pesquisador, nasceu em 1884, no então distrito de Poço Verde e morreu em 1976, aos 92 anos de idade.
Para o próximo ano, Marcus Éverson vai planejar uma segunda edição do Seminário Maçônico, se possível com mais dias de estudos, envolvendo toda a família maçônica: as fraternidades femininas, os jovens e, claro, os maçons.
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