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Senador Alessandro Vieira foi investigado pela Abin Paralela de Bolsonaro; “espionar opositores é uma prática de regimes autoritários”, disse

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O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), um dos parlamentares bisbilhotados ilegalmente por estrutura paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),  disse hoje  ao Só Sergipe que “espionar opositores  e independentes é uma prática de regimes autoritários”. Ele ressaltou, também, que “ao menos a ameaça de golpe de Estado foi afastada”, mas que o Brasil “continua com enormes problemas”.

Nas redes sociais, Alessandro Vieira escreveu que “a operação de hoje da Polícia Federal mostra que fui vítima de espionagem criminosa e ataques on-line praticados por bandidos alojados no poder no governo passado. Isso é típico de governos ditatoriais.”

Sede da Abin, em Brasília Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Hoje, a Polícia Federal desencadeou a quarta fase da Operação Última Milha, que investiga a Abin paralela montada pelo governo de Jair Bolsonaro. Além de Alessandro Vieira, também eram bisbilhotados o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, Rodrigo Maia – que foi presidente da Câmara dos Deputados -, os deputados federais Kim Kataguiri e Joice Hasselmann, e os senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros.

As demais pessoas que foram investigadas ilegalmente são as seguintes:

Executivo: ex-governador de São Paulo, João Dória; Servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Jornalistas: Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

O monitoramento foi realizado por meio da invasão de aparelhos e computadores, além da infraestrutura de telefonia. Para isso, foi utilizada a ferramenta First Mile, desenvolvida por uma empresa israelense, capaz de monitorar dispositivos móveis “sem a necessidade de interferência e/ou ciência das operadoras de telefonia e sem a necessária autorização judicial”.

O programa foi comprado pela Abin durante a gestão do deputado Alexandre Ramagem, que foi diretor-geral da agência durante o governo Bolsonaro. As investigações mostram que ele “teria instrumentalizado a mais alta agência de inteligência brasileira para fins ilícitos de monitoramento de alvos de interesse político, bem como de autoridades públicas, sem a necessária autorização judicial”, escreveu Moraes.

Os presos

Nesta quinta, quatro pessoas foram detidas: Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; Giancarlo Gomes Rodrigues, militar e ex-servidor da Abin; Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal que atuava na Abin; e Richards Dyer Pozzer, responsável por disseminar notícias falsas. Rogério Beraldo de Almeida, também apontado como responsável por perfis falsos nas redes sociais, segue foragido.

Moraes determinou ainda medidas de busca e apreensão contra José Matheus Sales Gomes, ex-assessor da Presidência, e Daniel Ribeiro Lemos, secretário parlamentar.

De modo preliminar, a PF apontou o cometimento de crimes como pertencimento à organização criminosa, invasão de dispositivo informático alheio, interceptação clandestina de comunicações e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

 

Com informações da Agência Brasil

 

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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