Inaugurado no aniversário de Aracaju em 2018, o Largo da Gente Sergipana trouxe uma novidade para o Estado: a representação das principais manifestações culturais do Estado. Quatro anos depois, o projetista Ézio Déda, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tiradentes (Unit) e superintendente do Instituto Banese, avalia a importância do espaço para o incentivo à cultura popular.
“Ao longo desses quatro anos tenho acompanhado o desenvolvimento de teses sobre o tema, provas de escolas, feiras de ciências, visitação diária de sergipanos e turistas, presença marcante nas redes sociais, publicações e citações em datas comemorativas à sergipanidade, cultura popular e aniversário de Aracaju. Enfim, o Largo da Gente Sergipana já ocupa um lugar de destaque no cenário urbano e em seu imaginário simbólico”, analisa o professor Ézio.
O Largo da Gente Sergipana é um projeto do Instituto Banese e do Governo do Estado, e faz parte do Museu da Gente Sergipana. A escolha das manifestações representadas foi feita pelas historiadoras Aglaé Fontes e Josevanda Mendonça Franco, e exalta a cultura popular sergipana. São elas: Lambe-sujos e Caboclinhos, Reisado, São Gonçalo, Taieira, Cacumbi, Bacamarteiros, Parafuso e Chegança, cada uma com 7m de altura, acrescentando-se o Barco de Fogo, em menor proporção, obras do artista plástico Tati Moreno.
“O monumento se incorporou à paisagem urbana e natural da cidade, transformando-se em cartão postal e influenciando o trabalho de artistas e artesãos. Ele traz consigo um aspecto muito significativo que é a valorização e o fomento das manifestações de nossa cultura popular, que mescla a fusão cultural dos povos originários, negros e europeus. É, portanto, um testemunho artístico desse legado atemporal e que precisa ser perenizado para as futuras gerações”, afirma o projetista.