Um sergipano, de Pirambu, é o artilheiro do Campeonato Catarinense. Trata-se do jogador Adelvan, que iniciou sua carreira no Sport Club Sergipe incentivado pela mãe, uma servidora pública. Ela o mandou para Aracaju com apenas R$ 25 no bolso para que ele ficasse 15 dias na capital. A história de Adelvan, hoje o Júnior Pirambu, goleador do Metropolitano, de Blumenau, foi contada na edição do jornal NSC Total, numa reportagem do jornalista Augusto Ittner e fotos de Patrick Rodrigues.
A matéria conta que Aldevan trabalhava na Secretaria de Saúde da cidade onde morava, no interior de Sergipe, quando em um fim de semana foi jogar futsal, lá em 2013. O que era para ser apenas um momento de descontração para o então jogador de vôlei, virou o motivo pelo qual hoje ele vive de futebol. Então com 17 anos, o adolescente teve uma atuação, segundo ele, de gala. Chamou a atenção de um olheiro que estava por lá e que depois do jogo o chamou para conversar. “Quer fazer um teste em um clube profissional?”. A resposta foi sim.
Mas tinha um problema. O adolescente, que leva o nome do pai, não tinha muita grana e precisaria viajar até Aracaju, cidade em que fica o Club Sportivo Sergipe, um dos principais times do estado. A mãe, então, o motivou, e catou cada moedinha que tinha para que o filho pudesse ir. Conseguiu arranjar R$ 25 para que Aldevan passasse 15 dias na capital sergipana. Deu certo. Mesmo comendo um ou outro biscoitinho durante a estadia, ele passou no teste. Aí deixou o vôlei, e se tornou jogador de futebol.
– Os meus colegas de quarto até diziam que se eu quisesse um lanche eles trariam para mim. Mas eu tinha vergonha de pedir. Aí separava um dinheirinho, comprava um biscoitinho, e já estava bom – conta.
Aldevan virou “Pirambu”, nome da cidade que o acolheu. Um ano depois, em 2014, o técnico Vinícius Saldanha decide colocar o nome “Júnior” na frente. Dito e feito: o ex-jogador de vôlei e funcionário do setor administrativo de uma Secretaria de Saúde virou o atacante Júnior Pirambu. Hoje vice-artilheiro do Campeonato Catarinense com cinco gols, o atleta é uma das esperanças do Metropolitano em escapar do rebaixamento à Série B.
Júnior Pirambu não esconde o típico sotaque nordestino. Humilde, de chinelo no pé e bermuda tactel, ele conta sua história com orgulho. Filho de uma professora e de um pescador, tem o sonho de um dia poder ganhar bastante dinheiro para poder dar aos pais o mesmo conforto que eles buscaram em dar para ele quando pequeno.
– O que eu mais quero na minha vida é chegar em casa e dizer: “painho, você não vai mais para o mar” – destaca Pirambu.
O atacante sente saudades de casa e principalmente da esposa, Thaíse Alves Nunes. Quer um dia levá-la junto para os times em que for jogar, mas sabe que isso depende de questões financeiras. Religioso, Júnior Pirambu é evangélico e coloca nas mãos de Deus o seu futuro. É ao Todo-Poderoso, inclusive, que o artilheiro do Verdão agradece pela boa fase que vem vivendo dentro de campo.
Ao chegar na Rodoviária de Blumenau, Júnior Pirambu se surpreendeu. O que ele pensou que fosse uma filial da Antártida, na verdade era bem longe disso.
– Só pensava que aqui no Sul era frio. Pensava que era sempre temperatura baixa. Aí cheguei na rodoviária e pensei “meu Deus do céu, que calor é esse”. Mas a cidade é bonita, sim. Quero até trazer minha mulher para conhecer, mesmo que eu não esteja mais no Metrô. Sempre mando fotos e ela fica louca querendo vir pra cá – diz o bem-humorado Pirambu.
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