A população sergipana está com receio de consumir nos meses finais do ano de 2015, devido aos reflexos negativos da economia no estado e no país. A conclusão é da pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD), que mostra o desânimo do consumidor sergipano em relação ao mercado e à economia.
A Pesquisa de Intenção de Consumo (PEIC) foi realizada com mil famílias com renda variada revelou que todas as faixas de renda estão comprando menos que no início do ano, reflexo direto das dificuldades econômicas, provocadas pela crise que atingiu o país e, consequentemente, a renda das famílias. Em Sergipe, o índice de 79% das famílias pesquisadas apontou que elas estão comprando menos do que compravam há seis meses atrás, no primeiro trimestre de 2015.
Entre as famílias que possuem renda mensal de até dois salários mínimos, 74,30% indicaram que estão consumindo menos. As faixas de renda subsequentes também mostram queda de consumo, sendo as famílias com renda até 10 salários mínimos, com a maior queda de consumo, de 80,10%. Para as famílias com renda superior a 10 salários mínimos mensais, o índice de queda nas compras foi apontado de 70%. A equidade de compras comparando o primeiro trimestre do ano com o terceiro, foi observada por 12,40% das famílias pesquisadas pela Fecomércio. Sendo que na faixa de até 2 salários mínimos de renda, 12,90% afirmaram manter o volume de compras. Para as famílias que tem proventos de até 10 salários mínimos, 11,60% disseram que mantém o mesmo nível de compras do início do ano. Entre as famílias de maior renda, com mais de 10 salários mínimos mensais, 20% informaram manter o mesmo volume de compras. Percebe-se, de acordo com a pesquisa, que houve uma redução de consumo da ordem 79,00%, e que essa redução foi mais acentuada entre a faixa salarial situada acima de 2 e abaixo de 10 salários mínimos (80,10%) e menos acentuada na faixa situada acima dos 10 salários mínimos (70,00%). Porém, mesmo nessa faixa, a queda no consumo é muito preocupante, pois a queda no consumo influi diretamente na queda da geração de riquezas para o estado, contribuindo para a diminuição de receita no comércio e retração na geração de emprego.
Mesmo com a crise, também houve aumento no consumo, para algumas famílias. Em todas as faixas salariais, houve crescimento no consumo para 8% do total de famílias pesquisadas. Do total, 12,50% se encontram na faixa salarial de até 2 salários mínimos. No alcance de renda de até 10 salários mínimos, 7,90% afirmaram que estão consumindo mais que no início do ano. E 10% das famílias com renda superior a 10 salários mínimos mensais, informaram na pesquisa que estão comprando mais que no início de 2015. 0,60% do total de famílias não soube responder ou não responderam ao questionário do Instituto Fecomércio sobre o nível de consumo.
A expectativa de intenção de consumo apontada pela PEIC do Instituto Fecomércio que mais chama atenção é a expectativa de piora no consumo das famílias sergipanas para os próximos seis meses. Do total de pesquisados, 65,30% das famílias indicam que irão consumir menos. A distribuição do total está em 61,10% das famílias com menor poder aquisitivo, com renda de até 2 salários mínimos. Nas famílias com médio poder de compra, que tem renda de até 10 salários mínimos, 66,10% informaram que diminuirão o consumo. Para as famílias com renda mais alta, 46,70% disseram que vão diminuir o consumo nos próximos meses. Há a expectativa de aumento no consumo para 11,90% dos pesquisados. Na faixa de renda de até 2 salários mínimos, 16,10% indicaram que comprarão mais nos próximos meses. Para a renda intermediária, o percentual de famílias que pretende aumentar o consumo é de 12,20%. O melhor índice de aumento de compras para os próximos seis meses, é nas famílias com renda superior a 10 salários mínimos, 20% das pesquisadas informaram que pretendem comprar mais até o início do ano que vem.
O índice que indica a manutenção do consumo entre as famílias pesquisadas chegou ao volume de 19,60%. As faixas de renda mais baixa e intermediária chegaram ao mesmo percentual de 19% na intenção de manutenção de consumo para os próximos seis meses. Já entre as famílias com maior poder aquisitivo, o número sobe para 33,30%. Entre os pesquisados em todas as faixas de renda, 3,20% não souberam responder ou não responderam se irão aumentar, diminuir ou manter o volume de consumo igual.
O aumento no consumo de bens duráveis, aqueles que podem ser utilizados várias vezes, durante longos períodos (eletrodomésticos de linha branca, veículos, equipamentos, imóveis, entre outros) também não está na expectativa das famílias sergipanas, de acordo com a pesquisa. 80,90% acreditam que o período atual não é adequado para compra. A oportunidade de compra de duráveis é bem vista por 12,50% e 6,60% não responderam a questão ou não souberam informar. Entre os menos confiantes para a compra de duráveis, a classe média, com renda até 10 salários mínimos, lidera. 82% dos entrevistados não acreditam que seja um bom momento para compra. Para as famílias de renda menor ou igual a dois salários mínimos, 76,80% também não julgam ser um período adequado para compra de bens duráveis. As famílias com maior poder aquisitivo, num total de 70% comungam da mesma opinião.
Já, no universo das famílias sergipanas que julgam ser este um bom momento para compra de duráveis, 26,70% das famílias com renda mais alta, até 10 salários mínimos, acreditam que este período é propício para compra dos bens. 15,80% das famílias com renda mais baixa, até 2 salários mínimos, pensam da mesma maneira. Nas famílias de classe média, 12,80% mostram que a possibilidade de compra está em um bom momento.
A conclusão da Pesquisa de Intenção de Consumo da Fecomércio mostra que não é um bom momento para a manutenção de consumo e que a expectativa das famílias não é das melhores em relação aos próximos meses. “Houve aumento de consumo em algumas famílias de todas as faixas de renda, mas é quase unanimidade que os reflexos da crise afetaram o consumo, resultando em impactos negativos para o comércio sergipano. A expectativa é que o indicador continue com tendência de queda, o que deve piorar as projeções para o desempenho das vendas de final de ano”, apontou o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira.
Volume de consumo
Expectativa de consumo
Consumo de Bens Duráveis
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