Sergipe ocupa o primeiro lugar, no ranking de estados do Nordeste, como maior produtor de batata-doce da região. É o que aponta o levantamento feito pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). De acordo com a pesquisa, no período compreendido entre 2009 e 2018, o estado foi responsável por 17,4% de toda a produção do cultivo na região, com pouco mais de 38.070 toneladas numa área colhida de 3.187 hectares. Já em relação ao Brasil, o Nordeste vem ocupando o segundo lugar nacional, com 30,9% de toda a produção, ficando atrás apenas da região Sul.
Ao longo dos últimos dez anos, o aumento na produção da batata-doce em Sergipe acontece em razão dos preços praticados, que estimulam os agricultores a produzirem cada vez mais. Segundo os dados apresentados pela Emdagro, os produtores vendem a saca de 40 kg pelo valor médio de R$ 49,49, podendo variar entre o mínimo de R$ 35 e o máximo de R$ 80. “É justamente essa média de preço que vem estimulando os produtores a continuarem e, até mesmo, a aumentarem sua produção”, explicou o assessor de Planejamento da Emdagro, Adilson Cavalcante.
Como o mercado consumidor tem se mantido aquecido, os valores mantêm a produção em alta. Em Sergipe, os principais municípios produtores de batata-doce têm garantido o abastecimento interno e externo. No agreste sergipano, o município de Itabaiana lidera, com uma produção média de 21 mil toneladas; seguido de Moita Bonita, com 12 mil toneladas; e de Ribeirópolis, com 1.672 toneladas. “Nossos agricultores não abastecem apenas o mercado interno. Boa parte da produção é também exportada para o estado da Bahia, que demonstra bastante satisfação com o produto”, completou o assessor da Emdagro.
Fonte de energia, minerais e vitaminas, a batata-doce pode ser consumida cozida, assada, frita, ou ainda na forma de doces. Os brotos e as ramas também podem ser consumidos na alimentação humana. Na indústria, a batata-doce é matéria prima para a produção de doces (marromglacê), pães, álcool e amido de alta qualidade, usado na fabricação de tecidos, papel, cosméticos, adesivos e glucose. As batatas e as ramas podem, ainda, ser destinadas à alimentação animal, principalmente de bovinos e suínos, seja in natura ou como silagem.