quinta-feira, 24/04/2025
PIX por aproximação
Ferramenta dispensa necessidade de senha bancária Foto:Bruno Peres/Agência Brasil

Sergipe lidera no valor médio das transações via Pix entre os estados nordestinos

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Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, consolidou-se como a principal forma de pagamento no Brasil em 2024, superando o uso do dinheiro em espécie. E Sergipe aparece com destaque nesse novo cenário digital.

Segundo o relatório “Geografia do Pix”, Sergipe registrou o maior valor médio por transação Pix entre os estados do Nordeste, com uma média de R$ 161,92 por transferência ao longo de 2024. O número supera os registrados na Paraíba (R$ 160,83), Alagoas (R$ 153,16), Pernambuco (R$ 152,23) e Ceará (R$ 145,59), e reforça a relevância do estado no contexto regional da digitalização financeira. Embora os valores ainda estejam abaixo da média nacional, que foi de R$ 190,57, Sergipe lidera entre os vizinhos nordestinos.

Além do valor transacionado, os sergipanos também se destacam pela frequência de uso do sistema. Em média, cada usuário no estado realizou 37 transações Pix por mês, número acima da média nacional, que foi de 32, e igual ao de Pernambuco, outro estado de forte engajamento com a plataforma.

No quesito adesão, o estudo aponta que 60,05% da população de Sergipe utilizou o Pix ao menos uma vez por mês em 2024. Embora esse índice esteja um pouco abaixo da média nacional (63,0%), supera outros estados nordestinos como Piauí (54,7%) e Paraíba (56,97%), demonstrando um bom nível de penetração do sistema na população sergipana.

O estudo também revela uma mudança significativa no comportamento financeiro dos brasileiros. De acordo com dados da pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, realizada pelo Banco Central e incorporada ao relatório da FGV, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, representando 39% de todas as transações, enquanto o dinheiro em espécie caiu para 33%. Cartões de débito e crédito somaram, respectivamente, 15% e 10%, e os demais meios de pagamento representaram apenas 3%.

PIX prático e gratuito

A popularização do Pix, especialmente em estados de menor renda média, como os do Nordeste, demonstra o quanto o sistema contribui para a inclusão financeira. Prático, gratuito e instantâneo, o Pix vem sendo adotado com entusiasmo pelas camadas da população que antes dependiam quase exclusivamente do dinheiro em papel.

De acordo com os pesquisadores Fabricio M. Trevisan, Lauro Gonzalez, Eduardo H. Diniz e Adrian Cernev, que assinam o estudo, o uso intenso do Pix em estados como Sergipe mostra que as tecnologias financeiras estão sendo incorporadas de maneira rápida e profunda no cotidiano da população, promovendo mudanças estruturais na forma como os brasileiros se relacionam com o dinheiro.

Com indicadores acima da média em valor de transações e frequência de uso, Sergipe se posiciona como um dos protagonistas da transformação digital no sistema de pagamentos brasileiro.

 

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