Rodrigo Rocha, da FIES: "crise abre uma janela de oportunidades para Sergipe" Foto: Arquivo/FIES
O economista do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) da Federação das Indústrias de Sergipe (FIES), Rodrigo Rocha, afirmou que a guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “afeta diretamente o acesso a insumos estratégicos e impacta a competitividade das empresas locais. Mas também abre uma janela de oportunidades para produtos em que Sergipe tem vocação exportadora.”
Entre os principais impactos negativos, o economista destaca o aumento nos custos de importação de insumos industriais provenientes de outros países. As tensões comerciais podem provocar interrupções na cadeia global de suprimentos, além de elevar os custos logísticos. “Outro fator que agrava esse quadro é a desvalorização cambial, impulsionada pela política monetária norte-americana, o que encarece importações essenciais — como fertilizantes — e pressiona ainda mais os custos operacionais no estado”, observou.
O contexto internacional pode favorecer alguns segmentos estratégicos da economia sergipana. A aplicação de tarifas chinesas sobre produtos agrícolas dos EUA, por exemplo, pode abrir espaço para a expansão das exportações de suco de laranja congelado — principal produto da pauta exportadora de Sergipe. “Esse cenário pode favorecer a inserção do estado no mercado asiático, além de outros mercados que enfrentem tensões comerciais com os EUA”, afirmou.
As ponderações do economista Rodrigo Rocha podem ser verificadas na balança comercial de Sergipe, com as exportações somando, em março deste ano, US$ 19,6 milhões, segundo análise do Centro Internacional de Negócios (CIN/SE) da FIES, com base nos dados do Comex Stat. O valor representa um aumento de 37,0% em relação a março de 2024, mas uma queda de 57,5% na comparação com fevereiro de 2025.
Entre os 23 produtos exportados, destacam-se o suco de laranja congelado (não fermentado, sem adição de álcool): US$ 16,3 milhões (82,9% do total exportado); óleos essenciais de laranja: US$ 853,3 mil; outros açúcares (cana, beterraba, sacarose pura): US$ 786,3 mil.
Esses três itens representaram 91,2% das exportações do mês. Os principais destinos foram: Estados Unidos: US$ 10,5 milhões; Bélgica: US$ 5,7 milhões; Países Baixos (Holanda): US$ 1,1 milhão.
Quanto às importações, o estado comprou 228 produtos, totalizando US$ 39,0 milhões. Os principais itens foram: tubos de aço não ligado, sem costura: US$ 11,1 milhões (28,5% do total); fosfato monoamônico ou diamônico: US$ 7,7 milhões; outros trigos e misturas com centeio (exceto para semeadura): US$ 6,7 milhões.
Os principais países fornecedores foram: China: US$ 15,1 milhões; Rússia: US$ 12,1 milhões; Argentina: US$ 6,7 mil.
“Produtos com tarifas reduzidas, como os óleos essenciais de laranja, também despontam como oportunidades. Nesse caso, a taxação sobre exportações brasileiras para os EUA é menor em comparação com outros países, o que pode beneficiar diretamente os produtores sergipanos” disse.
Rodrigo Rocha comentou, ainda, que será fundamental que o estado atue de forma coordenada: “A articulação entre o poder público e o setor privado será decisiva. É preciso investir em políticas de comércio exterior que incentivem a diversificação de produtos e mercados, aumentando a resiliência das exportações sergipanas”, destaca.
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