Aracaju está entre as três primeiras capitais do país que receberá o Plano Nacional de Segurança (PNS). A notícia foi divulgada oficialmente nesta sexta-feira, 06, pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em solenidade realizada em Brasília. Elaborado pelo governo federal com auxílio dos Estados, o Plano focará a redução no número de homicídios, feminicídio e violência contra a mulher; modernização do sistema penitenciário e combate integrado à criminalidade organizada transnacional. A implantação do Plano Nacional de Segurança atende uma solicitação do governador Jackson Barreto, que buscou apoio do Ministério da Justiça no combate à violência no estado.
O governador Jackson Barreto lembrou que a implantação do Plano foi acertada por ele com o ministro da Justiça em audiências. “A segurança pública é uma de nossas preocupações. Temos investido muito na segurança, equipando as polícias, aumentando o efetivo das corporações e precisamos do apoio do governo Federal para reduzir os índices de violência. Tivemos encontros com o ministro Alexandre de Moraes, que veio até Sergipe e se comprometeu em iniciar o Plano de Segurança pelo nosso estado”, disse o governador.
Além da capital sergipana, Natal e Porto Alegre também foram escolhidas para iniciarem o PNS próximo mês. A seleção dos municípios tem relação com o número de homicídios que cada umas das localidades possui. Segundo o ministro, 31% dos homicídios no país são registrados em capitais e em 2018, o Plano será estendido para regiões metropolitanas. “Somados com municípios limítrofes, serão 209 municípios [em 2018], que representam 54% dos homicídios do país. Isso dá em torno de 6% do território nacional. Será nesses municípios que nossa inteligência vai atuar”.
Alexandre de Moraes explica que o plano não é uma intervenção na área de Segurança Pública dos estados e que as gestões estaduais trabalharão em conjunto com o Ministério. “Não há hierarquia, subordinação. Nós vamos trabalhar juntos. A União colabora com a questão da segurança. Nós estamos construindo juntos para reduzir para combater três chagas brasileiras”.
O ministro exemplifica que a colaboração com os Estados será principalmente com serviço de inteligência e verbas. No total, serão liberados até R$ 2,9 bilhões para os Estados investirem em segurança. “Tudo que está previsto [no PNS] tem previsão orçamentária. Para nada vai faltar dinheiro. O que percebemos que não haveria orçamento fica para depois. Não vamos prometer o que não é possível efetivar”.
Entre as medidas que o governo federal quer colocar em prática com o PNS estão: ampliar o efetivo da Força Nacional de Segurança, auxiliar os Estado com perícia criminal, aumentar o número de câmeras de monitoramento em rodovias (de 98 para 935), e implantar a radiocomunicação digital para um combate mais efetivo ao tráfico de drogas nas fronteiras.
O secretário de Segurança Pública do Estado, João Batista, informou que Sergipe está preparado para receber o Plano desde ano passado. “O Governo do Estado está pronto desde o ano passado para receber o Plano Nacional de Segurança. Já fizemos todo o dever de casa junto ao Ministério da Justiça e agora aguardamos o envio da Força Nacional, os investimentos na área do sistema prisional e outras ações previstas no Plano. O objetivo inicial é diminuir os casos de homicídios, feminicídios e violência contra a mulher. Mas paralelo a isso, teremos ações de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, com o suporte de nossos serviços de inteligência. O sistema prisional, já junto com o novo secretário de Justiça, Cristiano Barreto, também terá ações direcionados pelo Plano Nacional”, afirmou.
As metas do Plano Nacional de Segurança são: redução anual dos homicídios em 7,5% nas capitais e cidades de regiões metropolitanas; aumento na celeridade das investigações e processos em 20% nas capitais e cidades de regiões metropolitanas; ter informações completas e detalhadas, em tempo real, de todo o sistema penitenciário até dezembro; reduzir a superlotação nos presídios em 15% até 2018; aumentar em 10% a quantidade de drogas e armas apreendidas em 2017 e aumentar em 15% a quantidade de drogas e armas apreendidas em 2018.
Confira as propostas do Plano Nacional de Segurança aqui.
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