Sergipe encerrou o segundo trimestre deste ano, com 173 mil pessoas desempregadas, 52 mil delas somente em Aracaju e os demais 121 mil em outros municípios sergipanos. Esse total – sendo 90 mil mulheres e 83 mil homens – coloca Sergipe como uma das maiores taxas de desemprego do país, 16,08%. Esses dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese), Luís Moura, o número do segundo trimestre é um pouco menor que no primeiro, quando 178 mil pessoas estavam procurando emprego. Com isso, a taxa que era de 17% caiu para 16,08%, mas ele alerta para um detalhe: nesse grupo estão aquelas que deixaram de procurar emprego – algo em torno de 40 mil pessoas.
“As taxas de desemprego do Nordeste são muito elevadas. Nessa crise, os Estados mais pobres têm a maior taxa”, disse Luís Moura.
“No nosso caso, crise não é só do Estado, porque temos empreendimentos nacionais com problemas, que acaba contaminando a economia sergipana. O desemprego de 52 mil pessoas em Aracaju, não é irrelevante, mas outros municípios estão sofrendo, como Itabaiana, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto dentre outros”, explicou.