Sergipe vai sediar um seminário sobre petróleo e gás, em data a ser definida. O anúncio foi feito, ontem, pelo deputado federal Laércio Oliveira, durante reunião da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Ele, que integra a subcomissão, disse que Sergipe oferece “grandes oportunidades para o desenvolvimento da cadeia de óleo e gás em função da oferta de gás através da Celse, responsável pela termoelétrica do Porto de Sergipe”.
Laércio Oliveira lembrou as “grandes descobertas de petróleo e gás em águas profundas no litoral do estado, gerando atrativos para implantação de empresas que contribuirão de forma decisiva para o desenvolvimento econômico e social do estado”.
“Além disso, há alguns anos foi descoberta nas águas profundas do litoral de Sergipe uma oportunidade enorme para extrair petróleo e gás. Uma grande vantagem é que do poço até a costa a distância é de 100 km, em outros estados essa distância é bem maior, de 300 ou 400 km. Isso vai tornar a produção muito mais atrativa para as empresas que começam a chegar ao nosso estado. A gente já produz muito petróleo, mas a política de gás está sendo vista como uma oportunidade de futuro e sendo membro da subcomissão de Petróleo e Gás, apresentei o requerimento para realizar o seminário em Sergipe”, explicou Laércio.
Subcomissão
De acordo com Laércio, a subcomissão permanente de Petróleo e Gás é de enorme importância para a economia do país, especialmente nesse momento em que o Governo pretende abrir o mercado de petróleo e gás e através da concorrência conseguir um choque nos preços dos combustíveis. “Isto certamente trará enorme melhoria para a economia e competitividade para as empresas nacionais”, disse.
O deputado disse ainda que a sua participação na subcomissão também é para defender as Fafen’s. “É um compromisso meu com os sergipanos envidar todos os esforços para que a indústria volte a funcionar, produzir fertilizantes e gerar empregos. Essa situação das Fafen’s decorre especialmente do alto preço cobrado pela Petrobras pelo gás, valor esse baseado em preço de GNL importado e totalmente dissociado do custo de produção”, explicou.
Laércio afirmou ainda que o caso da hibernação das Fafen’s é a evidência maior de que é urgente a necessidade de promover mudanças estruturais no setor, abrindo espaço para a concorrência nas diversas fases do processo (produção, refino, transporte e distribuição) como forma de reduzir os preços para os consumidores e com isso gerar competitividade para os diversos setores industriais e, em especial, para os fertilizantes.