Kaio Lôbo (*)
Com quase 90 dias fechados, os salões de beleza e estética têm sido os mais atingidos pela crise provocada pela covid-19. Em Sergipe a presidente do Sindicato dos Cabeleireiros e Similares Autônomos (Sindicab), Rosemaria Leite, disse que a categoria está angustiada por estar sem condições de arcar com as despesas básicas. A expectativa, agora, é com a possível retomada econômica, que ainda será confirmada ou não, pelo governador Belivaldo Chagas.
Os salões de beleza e similares, inclusos na primeira fase de retomada da economia (fase laranja) estão previstos para abrirem a partir do dia 24. O Comitê Gestor de Retomada Econômica (Cogere) e o Comitê de Gestor de Emergência (CGE) estão reunidos hoje 22, e amanhã, 23, para avaliar os números da pandemia observando, principalmente, o distanciamento social e as medidas sanitárias que impactam diretamente no número de infectados com a covid-19.
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A presidente do Sindicab lembra que a categoria vem se mobilizando, inclusive com a manifestação em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) com o “enterro dos CNJPS”, no dia 13 de junho. Veja aqui o vídeo desse ato que foi publicado no canal Só Sergipe no Youtube.
De acordo com um levantamento feito pela empresa de finanças SumUp com 12.800 microempreendedores de vários setores em todo o País, 88% dos negócios consultados na área de estética e beleza disseram não ter reserva de caixa de emergência para este período. “Muitos deles fecharam o salão, barbearia, muitos irão ficar quatro ou cinco meses sem ter como pagar aluguel”, lamenta a presidente do Sindicab.
Alan Santiago é dono de uma barbearia localizada no bairro da Farolândia, que também vem sofrendo com essa parada. “Estamos na mesma situação da maioria, tendo que se segurar como pode”, explica. Antes da pandemia o movimento da barbearia ficava numa faixa entre 60 e 70 pessoas por semana.
Desde a parada que para ele começou no dia 15 de março, houve uma perda aproximada de 70%, em torno de R$ 3 mil por mês de prejuízo. Santiago revela as novas alternativas para se manter nesse período. “Estou conseguindo atender 10% dos meus clientes, porque eu e meu funcionário estamos atendendo em domicílio, aí estamos segurando a onda”.
Durante a quarentena alguns salões de beleza abriram as portas como última alternativa de sustento, mas a fiscalização acabou interferindo. “Mães de família que tiveram que trabalhar, mas a polícia foi lá e fechou. Muitos passaram por essa situação e o sindicato está disponível para fazer a defesa desses profissionais que foram autuados sem custo algum”, reforçou Rosemaria. O sindicato fica na Rua Laranjeiras, 545, Aracaju.
Todos os profissionais da beleza terão que seguir os itens de segurança da vigilância sanitária, a presidenta do sindicato explica as medidas para volta, “estamos nos preparando para usar todos os EPIs que a vigilância sanitária pede junto com a cartilha do Sebrae. Nós estamos colocando álcool em gel, máscara, medidor de temperatura e a orientação de 1 metro de distância”, garantiu Rosemaria.
Em Sergipe, segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SE), divulgado no domingo à noite, são 18.985 pessoas infectadas e 462 mortes. Segundo a plataforma Covid-19 Analytics, da PUC-Rio e FGV, Sergipe é o Estado com maior percentual de contaminação por coronavírus do país.
(*) Estagiário sob supervisão do jornalista Antônio Carlos Garcia
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